Influence of public spending on economic growth of the region of municipalities Southeastern Brazil/ Influencia dos gastos publicos no crescimento economico dos municipios da Regiao Sudeste do Brasil.
Degenhart, Larissa ; Vogt, Mara ; Zonatto, Vinicius Costa da Silva 等
Influence of public spending on economic growth of the region of municipalities Southeastern Brazil/ Influencia dos gastos publicos no crescimento economico dos municipios da Regiao Sudeste do Brasil.
Introducao
A preocupacao com os efeitos dos gastos publicos perante a economia
e recorrente, especialmente no que tange aos impactos desses sobre o
crescimento economico. De acordo com Abu-Bader e Abu-Qarn (2003), as
relacoes entre os gastos do governo e o crescimento economico tem
atraido o interesse de muitos economistas, formuladores de politicas
publicas e ate mesmo estudiosos. Para tanto, o governo local apresenta
uma posicao importante no sistema politico dos paises (Wilson, 2016).
Nesse sentido, as evidencias encontradas na literatura sugerem que
os gastos publicos podem elevar o crescimento economico e aumentar a
produtividade da area privada. Entretanto, a ineficiencia da alocacao
dos recursos pode passar a superar o efeito positivo dessas
externalidades (Candido JR., 2001).
Segundo Bogoni, Hein e Beuren (2011), a participacao do gasto
publico na composicao da demanda agregada pode ser vista como uma
externalidade positiva. No setor publico, essas externalidades positivas
geram beneficios para a sociedade. O crescimento economico evidencia uma
variacao que ocorre na taxa de crescimento do Produto Interno Bruto
(PIB) (Silva, Quintairos & Araujo, 2013). Assim, a partir do
crescimento economico torna-se possivel a geracao de emprego e renda e a
melhor aplicacao de recursos, o que gera externalidades positivas.
Desse modo, torna-se oportuna a avaliacao das relacoes de longo
prazo entre a politica fiscal, a distribuicao de renda e o crescimento
economico. O governo desempenha um papel fundamental na gestao dos
recursos publicos. E a partir da adequada aplicacao dos recursos que se
torna possivel criar condicoes para a geracao de externalidades
positivas e a geracao de beneficios a sociedade.
Motta (2013) salienta que a perspectiva contemporanea sobre a
administracao publica revela, alem de uma recorrencia de temas, dilemas
e paradoxos, uma busca constante de novos conhecimentos para solucionar
os problemas do cotidiano, ate porque e impossivel planejar e agir sem a
visao holistica.
Apesar de diversos estudos nacionais, como, por exemplo, Candido
Jr. (2001), Oliveira (2004), Castro (2006), Marques Jr., Oliveira e
Jacinto (2006), Rocha e Giuberti (2007), Bogoni et al. (2011), e
internacionais, Aschauer (1989), Devarajan, Swaroop e Zou (1996),
Abu-Bader e Abu-Qarn (2003), Ventelou e Bry (2006), Baldacci, Clements,
Gupta e Cui (2008), investigarem a relacao existente entre o crescimento
economico e os gastos publicos, nao foram localizadas evidencias acerca
da influencia entre as variaveis (assistencia, saude, educacao e
cultura) na Regiao Sudeste do Brasil, o que constitui uma lacuna para o
desenvolvimento desta pesquisa. Para tanto, este estudo pretende
preencher essa lacuna e avaliar quais componentes do gasto publico
influenciam o crescimento economico nessa regiao do Brasil.
Frente ao exposto, tem-se a seguinte questao que norteia o
desenvolvimento deste estudo: qual a influencia dos gastos publicos no
crescimento economico e os gastos publicos dos municipios da Regiao
Sudeste do Brasil? Com o intuito de responder a questao apresentada, o
objetivo deste estudo e investigar a influencia dos gastos publicos no
crescimento economico e os gastos publicos dos municipios da Regiao
Sudeste do Brasil e verificar quais componentes do gasto publico
contribuem para o crescimento economico.
O estudo justifica-se devido a relevancia que a politica fiscal
exerce no desenvolvimento e no processo de estabilizacao economica.
Ainda, no contexto atual, a politica macroeconomica apresenta como
elemento essencial o ajuste fiscal, com o intuito de aumentar a
produtividade dos gastos publicos e alocar os recursos de forma
eficiente, com a capacidade de alavancar o setor produtivo (Bogoni et
al., 2011).
Com vistas a apresentar as disparidades encontradas em relacao aos
gastos publicos com assistencia, saude, educacao, cultura e o
crescimento economico, optou-se por analisar os dez maiores e dez
menores municipios dos estados da Regiao Sudeste do Brasil e observar o
valor do PIB para a delimitacao da amostra estudada, visto que e um
indicador importante para pesquisas nessa area proposta. Alem disso,
vale destacar que foram analisados apenas vinte municipios de 1.668,
pois nao seria viavel a apresentacao dos dados de cada um dos municipios
neste estudo.
Poucos sao os estudos empiricos que usam bases de dados locais para
se avaliar o crescimento economico (Bogoni et al., 2011).
Adicionalmente, a escolha dessa regiao justifica-se pela escassez de
estudos nesse contexto e pela importancia da participacao da Regiao
Sudeste do Brasil no PIB do pais, que representando 55,4% de 2010 a 2011
e 55,2% de 2012 a 2013 (IBGE, 2011).
Nesse sentido, este estudo contribui para reavaliacoes do papel das
atribuicoes publicas no processo de crescimento economico dos municipios
pertencentes a Regiao Sudeste do Brasil. Os achados desta pesquisa
poderao contribuir ainda para a administracao publica dos municipios
analisados, tendo em vista que, a partir disso, o governo podera alocar
melhor seus recursos, distribui-los para aqueles gastos que mais
impactaram no crescimento economico e reavaliar os recursos destinados
aos gastos com menos representatividade frente ao crescimento economico
dos municipios, o que passara a melhorar o Brasil como um todo.
Portanto, embora haja literatura sobre a relacao entre o gasto publico e
o crescimento economico, suas evidencias nao sao conclusivas, o que
torna viavel o desenvolvimento deste estudo e abre espaco para a
continua pesquisa nesse tema.
Fundamentacao teorica
Crescimento economico e gastos publicos
A transformacao economica esta comumente associada a grandes
melhorias nos mecanismos de burocracia e de governanca dos paises. Para
os pesquisadores que analisam o efeito do governo (alocacao dos gastos
publicos) sobre o crescimento, os resultados sugerem que a maior atencao
deve ser dada a possivel causalidade reversa de resultados economicos as
mudancas de governanca (Wilson, 2016). Nesse sentido, segundo Devarajan
et al. (1996), a literatura economica tem se centrado sobre a relacao
entre os gastos publicos e o crescimento economico, pois uma mudanca nas
despesas publicas poderia levar a uma maior taxa de crescimento no
estado e, sobretudo, um equilibrio na economia. Nesse sentido, Agenor e
Neanidis (2015) salientam que o acesso ao dinheiro publico pode promover
o crescimento de forma direta, por meio da produtividade, e
indiretamente, a partir do seu impacto sobre a acumulacao de capital
humano e a capacidade de inovar.
Conforme Lledo (1996), o Brasil e um pais que tem se caracterizado
por apresentar grandes disparidades economicas e sociais em seus
estados, como e o caso das diferentes performances de crescimento
economico e ate mesmo, entre o PIB per capita observado nas ultimas
decadas.
Diante disso, a teoria do crescimento economico sugere que a
politica fiscal pode ter efeitos importantes durante o processo do
crescimento economico de longo prazo. Contudo, as relacoes entre a
politica fiscal e esse crescimento tem sido debatidas acerca da
viabilidade de o estado tornar o setor publico mais eficiente, atribuir
incentivos economicos para que haja o crescimento (Castro, 2006).
Ainda, o crescimento economico e considerado um fator-chave para
manter e melhorar a competitividade dos paises em nivel mundial
(Auzina-Emsina, 2014). Dessa forma, as economias podem alcancar um
crescimento economico estavel e equilibrado, a partir do momento em que
o governo opta por uma fonte financeira adequada e que possibilite
interagir os gastos do governo com a sua fonte financeira (Kamiguchi
& Tamai, 2011).
Segundo Candido Jr. (2001), a populacao espera um melhor uso dos
recursos publicos, pois existem limites para a expansao das receitas que
financiam o aumento do gasto per capita. Essa e uma restricao importante
que acontece nos paises que se encontram em processo de estabilizacao
economica, pois o ajuste fiscal e fundamental na politica
macroeconomica, reforca a necessidade do aumento da produtividade dos
gastos publicos.
Conforme explicam Marques Jr., Oliveira e Jacinto (2006), os gastos
publicos podem ser considerados produtivos e improdutivos. E improdutivo
a partir do momento em que o setor publico investe recursos em areas que
competem com o setor privado e nao gera beneficios adicionais para a
sociedade. Ja o gasto publico e produtivo quando passa a ser introduzido
de forma positiva na funcao de producao local e diretamente util aos
consumidores e gera beneficios.
Nessa perspectiva, existem duas maneiras para se avaliar o gasto
publico e seu impacto sobre o crescimento economico. A primeira consiste
em avaliar o resultado dos gastos publicos por meio de uma avaliacao
indireta (analise insumo-produto) que apresenta um efeito positivo em
relacao ao crescimento economico, como e o caso dos gastos com saude e
educacao, entre outros. A segunda sugere avaliar o impacto dos gastos
publicos sobre o crescimento por meio de analises estatisticas (Rocha
& Giuberti, 2007).
O governo tem incentivos para exagerar nos numeros que dizem
respeito ao crescimento economico. Contudo, a partir dos dados de
crescimento fornecidos pelo PIB, nao ha motivo para manipulacao desses
dados, pois, dessa forma, os cidadaos ficam bem informados sobre o
verdadeiro estado da sua economia e, consequentemente, podem tomar as
melhores decisoes. Portanto, ter informacoes mais precisas permite a
producao por parte da populacao, o que reflete ambicoes pessoais, e nao
politicas (Magee & Doces, 2015).
Conforme Dulal, Dulal & Yadav (2015), a distincao entre
economia e politica fiscal reside no fato de que a economia preocupa-se
com a distribuicao e expansao dos recursos. Ja uma politica fiscal
adequada necessita abrir espaco para o aprendizado dos funcionarios e
das institutes publicas para que haja qualidade e fluxo de informacoes e
uma quantidade significativa de interacao entre as autoridades publicas
e o setor privado.
Nesse sentido, o crescimento economico e impulsionado pela expansao
do capital social. Portanto, os resultados significativos ocorrem com a
possibilidade de que a variabilidade nas politicas fiscais possa
fornecer um fator adicional, o qual determina o desempenho
macroeconomico e se reflete, assim, no crescimento economico de
determinada regiao, estado ou pais (Varvarigos, 2010).
Portanto, o principal determinante da politica fiscal e a
distribuicao dos recursos. As diferentes taxas de crescimento economico
podem ser explicadas nao pelas diferencas que ha na politica fiscal,
mas, sim, em funcao das diversificadas distributes de recursos que
ocorrem nas regioes, bem como nos paises (Lledo, 1996).
Conforme Mariana (2015), os gastos publicos com educacao sao um dos
fatores mais importantes do crescimento economico em todos os paises,
pois a educacao, especialmente o ensino superior, pode influenciar no
crescimento economico de varias maneiras. A educacao e convertida em
aumento da produtividade do trabalho, acumula conhecimentos e
habilidades, o que facilita o progresso tecnologico e a inovacao.
Agiomirgianakis, Asteriou e Monastiriotis (2002) tambem
evidenciaram em seu estudo que a educacao tem, de fato, um efeito
significativo e positivo sobre o crescimento economico. Esse fato
apresenta implicates politicas, visto que os governos podem agir para a
expansao da educacao e para o maior crescimento economico em seus
paises.
Diante do exposto, uma tematica atual e relevante, que estimula
novos estudos no setor publico, refere-se a analise dos componentes do
gasto publico que contribuem para o crescimento economico e a influencia
que os gastos exercem no crescimento economico.
Gestao publica
Nas ultimas decadas, os brasileiros estiveram engajados no processo
de redemocratizacao do Brasil, com vistas a reformular o Estado e
construir um modelo de gestao publica capaz de tornar esse pais mais
aberto as necessidades da sociedade, isto e, mais voltado para o
interesse publico e, consequentemente, mais eficiente na coordenacao,
bem como na distribuicao dos recursos e dos servicos publicos (Paula,
2005). Conforme Kerlinova e Tomaskova (2014), o papel deve estar focado
nas estrategias nas organizares da administracao publica. Para tanto, a
administracao publica necessita melhorar o ambiente, tanto economico
quanto social, e oferecer, assim, servicos de qualidade aos cidadaos.
Apos muitos anos de centralismo politico, financeiro e
administrativo, o processo da descentralizacao criou oportunidades para
maior participacao da sociedade nas decisoes politicas, bem como
inovacoes na gestao publica, e levou em consideracao a realidade e as
potencialidades locais. Nesse sentido, diversas politicas publicas foram
disseminadas pelo pais. No entanto, e preciso fazer com que a reforma na
gestao publica passe a ter um carater transversal, capaz de estabelecer
um novo paradigma para o Brasil (Abrucio, 2007).
Nesse contexto, muitos governos desenvolveram propostas inovadoras
de gestao publica, com diferentes experiencias de participacao social
(Paula, 2005). Contudo, a gestao publica apresenta uma serie de
peculiaridades que dizem respeito a necessidade de se terem instrumentos
gerenciais capazes de combater problemas que o Estado enfrenta no mundo
contemporaneo, como e o caso da correta distribuicao dos recursos
publicos (Abrucio, 2007). Paula (2005) ressalta que ha um desafio para
se elaborarem arranjos
institucionais que viabilizem uma maior participacao dos cidadaos na
gestao publica.
Para Motta (2013), a gestao publica tem principios e praticas
centrais de ordem, uniformidade e equidade. Alem disso, tem objetivos
multiplos para garantir consenso e apoio politico. Pelo fato de a
administracao publica ser publica, como o proprio nome indica, e
praticamente impossivel e democraticamente indesejavel dissocia-la da
politica.
Matei e Baie[section]iu (2014) complementam e afirmam que uma
administracao e considerada um indicador de desempenho na area publica,
e, desse modo, um modelo de administracao. Desse modo, define os limites
que a atividade da administracao publica devera ter, estabelece, por um
lado, um conjunto de regras eticas e, por outro, normas a serem tomadas
em consideracao pela sociedade. Assim, a atividade da administracao
publica deve ser desenvolvida de forma eficiente, eficaz e economica.
De acordo com Ismaili e Latifi (2012), a liberdade de informacao, a
opiniao e as relacoes publicas representam as principais caracteristicas
das instituicoes publicas. Portanto, ha tambem seminarios, debates, e
outros eventos adicionais, que sao muitas vezes organizados no contexto
de transparencia e promocao dos valores da sociedade, esses que, direta
ou indiretamente, pretendem melhorar a qualidade de vida dos cidadaos.
Diante do contexto supracitado da gestao publica, Cierco (2013)
destaca que a administracao publica continua a ser um campo no qual as
reformas progridem lentamente, devido a uma combinacao de razoes, que
vao desde economicas e politicas ate culturais. O foco da administracao
publica e o Estado contribuir para a compreensao da prioridade de se
estabelecer um sistema de administracao publica profissional, eficiente
e transparente em um pais, o que possibilita melhorar o crescimento
economico.
Conforme Divino e Silva Junior (2012), a administracao publica tem
um instrumento eficaz para afetar o crescimento economico do municipio,
bem como o bem estar da sociedade. Contudo, ha escolhas opcionais para
alocar esses recursos publicos que afetam a produtividade dos gastos.
Para tanto, o municipio deve considerar o seu nivel de renda per capita
para decidir sobre a politica de gastos publicos e ao atentar para esses
quesitos sera capaz de maximizar o crescimento economico municipal.
Evidencias da relacao entre crescimento economico e gastos publicos
A analise das relacoes entre crescimento economico e gastos
publicos tem se constituido como um importante campo de pesquisa
(Abu-Bader & Abu-Qarn, 2003). Estudos recentes tem confirmado tais
evidencias. Baldacci et al. (2008) analisaram 118 paises em
desenvolvimento de 1971 a 2000 e evidenciaram que os gastos publicos com
educacao e saude apresentam impacto positivo e significativo sobre o
crescimento economico. Segundo os autores, as politicas macroeconomicas,
como e o caso da reducao da inflacao e a melhoria dos equilibrios dos
orcamentos, tambem sao fatores que apresentam efeito positivo sobre o
crescimento economico.
Em relacao ao papel dos gastos publicos no crescimento economico,
Ventelou e Bry (2006) analisaram 15 paises pertencentes a Organizacao
para a Cooperacao e Desenvolvimento Economico (OCDE), de 1989 a 1999, e
tambem identificaram que os gastos com educacao e saude estao
relacionados com o aumento do crescimento economico.
O estudo desenvolvido por Mariana (2015) buscou identificar a
relacao de causalidade entre os gastos publicos com educacao e o
crescimento economico na Romenia de 1980 a 2013. Os resultados mostraram
que os gastos com educacao apresentam um importante efeito positivo
sobre o crescimento economico.
Contudo, de acordo com Candido Jr. (2001), a ineficiencia na
alocacao dos recursos publicos podera superar um possivel efeito
positivo dessas externalidades, o que pode impactar negativamente no
crescimento economico das cidades (Marques JR., Oliveira & Jacinto,
2006).
Apesar da importancia dessa tematica e das evidencias encontradas
na literatura internacional, no Brasil poucos sao os estudos empiricos
desenvolvidos sob essa configuracao que procuraram investigar a
influencia dos gastos publicos no crescimento economico a partir de
bases de dados locais (Bogoni etal., 2011).
Candido Jr. (2001) analisou arelacao entre os gastos publicos e o
crescimento economico no Brasil, 1947 a 1995, e evidenciou que os
efeitos sobre o crescimento economico sao muito danosos a partir de um
sistema tributario distorcido.
As evidencias encontradas por Marques Jr., Oliveira e Jacinto
(2006) para 1991 a 2000 sugerem que o governo exerce um importante papel
no crescimento economico das cidades brasileiras, visto que, em seu
estudo, os autores constataram que os investimentos publicos foram
alocados de forma eficiente e apresentaram efeitos positivos sobre o
crescimento economico. Bogoni et al. (2011) tambem identificaram que os
gastos do governo tem um importante papel no crescimento economico das
cidades brasileiras.
No que tange aos gastos publicos que influenciam o crescimento
economico, Rocha e Giuberti (2007) analisaram os estados brasileiros de
1986 a 2003. Identificaram que os gastos com transporte, comunicacao,
educacao e defesa contribuem para o aumento do crescimento economico dos
estados brasileiros. Tais resultados sao parcialmente convergentes aos
achados de Ventelou e Bry (2006) e Baldacci et al. (2008).
Conforme destacado por Bogoni et al. (2011), e relevante o papel do
governo no provimento de infraestrutura, educacao, saude e habitacao,
entre outros. Tais gastos fazem parte da politica fiscal e podem afetar
a produtividade do setor privado, pois sao considerados gastos publicos
produtivos e, assim, geram externalidades positivas. Desse modo, esses
gastos podem impulsionar o desenvolvimento economico.
Procedimentos metodologicos
Este estudo busca investigar a influencia existente entre os gastos
publicos e o crescimento economico, considerando o Produto Interno Bruto
dos dez maiores e dez menores municipios da Regiao Sudeste do Brasil.
Para tanto, fez-se uma pesquisa descritiva, de corte seccional e com
abordagem quantitativa dos dados.
O periodo analisado compreendeu 2010, pois esse foi o ano em que
ocorreu a divulgacao do ultimo Censo Demografico por meio do sitio do
Instituto Brasileiro de Geografia e Estatistica (IBGE, 2014). A
populacao do estudo compreendeu os 1.668 municipios pertencentes a
Regiao Sudeste do Brasil: 853 do Estado de Minas Gerais, 645 do Estado
de Sao Paulo, 78 do Estado do Espirito Santo e 92 do Estado do Rio de
Janeiro.
Em relacao a amostra da pesquisa, foram selecionados com base no
ultimo Censo divulgado pelo IBGE os dez maiores e os dez menores
municipios de cada estado dessa regiao. Usou-se como base o valor do PIB
de cada municipio. Na sequencia, por meio do tabela 1, apresenta-se o
valor do PIB dos dez maiores e dos dez menores municipios de cada estado
da Regiao Sudeste do Brasil em ordem decrescente.
Os dados referentes aos gastos publicos dos maiores e menores
municipios da Regiao Sudeste do Brasil foram acessados a partir de uma
consulta na pagina da Secretaria do Tesouro Nacional (STN) em dezembro
de 2014. Consideraram-se para fins deste estudo os gastos publicos
referentes a 2010. Ja os dados referentes ao PIB desses municipios foram
coletados no mesmo mes e ano, no sitio do IBGE. O estudo de Mariana
(2015) tambem usou como medida para o crescimento economico o PIB per
capita.
Esses dados foram tabulados por meio de planilhas eletronicas de
Excel. Inicialmente verificaram-se os municipios de cada estado e seu
devido valor do PIB (variavel dependente) e na sequencia verificaram-se
os gastos somados referentes a assistencia, saude, educacao e cultura
(variaveis independentes). Apos, verificaram-se, a partir do valor do
PIB, os maiores e menores municipios de cada estado para proceder com a
regressao nao linear multivariavel.
O estudo apresenta um modelo matematico de regressao nao linear
multivariavel, que e avaliado empiricamente, pois ao longo da pesquisa
pretende-se analisar como as variaveis independentes impactam na
formacao do PIB. Inicialmente os dados foram normalizados e, na
sequencia, foram rodados por meio do software SPSS[R]. Como limitacao da
pesquisa destacare que nem todos os municipios da Regiao Sudeste do
Brasil foram selecionados, razao pela qual os resultados encontrados nao
podem ser generalizados.
Descricao e analise dos dados
Nesta secao, apresenta-se a descricao e analise dos dados da
pesquisa. Para tanto, usou-se o metodo estatistico de regressao nao
linear para efetuar a avaliacao dos gastos governamentais na
determinacao do PIB. Na sequencia, apresenta-se a analise dos dados com
a aplicacao da regressao para a estimacao do PIB municipal, e, por fim,
apresenta-se uma comparacao entre os resultados obtidos (PIB estimado)
dos maiores e menores municipios da Regiao Sudeste do Brasil.
Modelo matematico nao linear multivariavel para avaliacao dos
gastos publicos na determinacao do PIB
Na tabela 2 apresentam-se os gastos publicos referentes a
assistencia, saude, educacao e cultura dos dez maiores municipios da
Regiao Sudeste do Brasil.
De acordo com os dados apresentados na tabela 2, dos maiores
municipios de cada estado da Regiao Sudeste do Brasil pode-se verificar
que Sao Paulo apresenta o maior valor somado dos gastos publicos, isto
e, gastos com assistencia, saude, educacao e cultura. Na sequencia, o
estado que apresentou maiores gastos publicos foi o Rio de Janeiro,
seguido por Minas Gerais e, por fim, Espirito Santo, que evidenciou os
menores gastos publicos nos maiores municipios analisados.
A tabela 3 evidencia os valores dos gastos publicos referentes a
Assistencia, saude, educacao e cultura dos dez menores municipios da
Regiao Sudeste do Brasil.
A partir dos dados apresentados na tabela 3, referentes aos menores
municipios da Regiao Sudeste do Brasil, nota-se que o Estado do Rio de
Janeiro apresenta o maior valor somado dos gastos publicos em 2010,
seguido por Espirito Santo, Sao Paulo e dessa vez, por ultimo, Minas
Gerais.
A partir dos dados apresentados na tabelas 2 e 3, fez-se o
ajustamento nao linear para a variavel dependente e as variaveis
independentes que foram analisadas no estudo. Assim, com o uso do
seguinte modelo matematico, ajustou-se de forma nao linear e
multivariavel o formato das variaveis, conforme segue:
[MATHEMATICAL EXPRESSION NOT REPRODUCIBLE IN ASCII]
Nesse modelo matematico, a variavel dependente e o PIB, pois
analisou-se o Produto Interno Bruto de cada municipio, isto e, o
crescimento economico. Ja o conjunto de variaveis independentes
analisadas neste estudo e o seguinte: assistencia (ASS), saude (SAU),
educacao (EDU) e cultura (CUL). Para tanto, os demais valores
([[beta].sub.0], [[beta].sub.1], [[beta].sub.2], [[beta].sub.3],
[[beta].sub.4]) correspondem as constantes que foram buscadas no modelo.
Nesse sentido, o modelo que se deseja obter nesta pesquisa passa
inicialmente por uma linearizacao efetivada, com o uso de logaritmos
naturais, e na sequencia usa-se a tecnica dos minimos quadrados, de
acordo com a seguinte expressao:
Ln[??] = Ln[[beta].sub.0] + [[beta].sub.1]LnASS +
[[beta].sub.2]LNSAU + [[beta].sub.3]LnEDU + [[beta].sub.4]LnCUL
Posteriormente, com o intuito de facilitar o desenvolvimento do
modelo matematico, optou-se por parametrizar as variaveis usadas no
estudo, de acordo com o que segue:
[MATHEMATICAL EXPRESSION NOT REPRODUCIBLE IN ASCII]
O que forma o seguinte modelo de regressao:
[??] = [[alpha].sub.0] + [[beta].sub.1][X.sub.i] +
[[beta].sub.2][X.sub.2] + [[beta].sub.3][X.sub.3] +
[[beta].sub.4][X.sub.4]
Diante do exposto, a aplicacao da tecnica dos minimos quadrados
objetiva a minimizacao entre os valores estimados para o PIB do
municipio ([[??].sub.i]) e o valor real do Produto Interno Bruto
([Y.sub.i]). Assim, tem-se oito regressoes, ou seja, dois modelos, um
para cada Estado (MG, SP, ES e RJ).
A partir do momento em que se apresenta essa solucao em sua forma
final, as equacoes para os quatro estados da Regiao Sudeste do Brasil,
analisados a partir dos seus dez municipios com maior PIB, resulta no
formato que segue:
[MATHEMATICAL EXPRESSION NOT REPRODUCIBLE IN ASCII]
Do mesmo modo, os quatro modelos para os municipios da Regiao
Sudeste do Brasil com menor PIB sao descritos conforme segue:
[MATHEMATICAL EXPRESSION NOT REPRODUCIBLE IN ASCII]
Tomando por base os 80 municipios analisados e efetuando-se uma
unica regressao, obtem-se a seguinte formulacao, com coeficiente de
determinacao [R.sup.2] = 0,911, o que representa 91,1%, ou seja, alta
correlacao do modelo:
[PIB.sub.Todos] = -9, 155 [ASS.sup.0,183] [SAU.sup.0,359]
[EDU.sup.0,787] [CUL.sup.0,004]
Ressalta-se que esse modelo matematico nao servira de estimador,
porem e possivel inferir que, de modo geral, os gastos publicos
referentes a assistencia, saude, educacao e cultura impulsionam o PIB
dos municipios analisados. Destaca-se que esse tipo de formulacao nao e
considerado uma regra geral, comparado com os oito modelos anteriores,
mas serve como um indicador regional, pois evidenciou que a educacao
teve o maior expoente (0,787), isto e, essa variavel pode ser
considerada o maior vetor de crescimento do PIB municipal da Regiao
Sudeste do Brasil.
Analise dos dados com aplicacao do modelo
A partir do uso dos modelos para projetar o PIB de 2010 de cada
municipio, obtem-se os valores da tabela 4, na qual se compara o PIB
real de 2010 com o PIB projetado para esse mesmo ano, dos dez maiores
municipios da Regiao Sudeste do Brasil, de acordo com os dados obtidos
no sitio do IBGE.
De acordo com os dados apresentados na tabela 4, nota-se que o erro
relativo medio do conjunto dos estados de Minas Gerais, Sao Paulo,
Espirito Santo e Rio de Janeiro foi de 16,42%. Em relacao a cada estado,
os erros relativos medios dos maiores municipios da Regiao Sudeste foram
de 13,19% para Minas Gerais, 12,68% para Sao Paulo, 27,56% para Espirito
Santo e 12,25% para Rio de Janeiro. Logo, Espirito Santo apresentou um
percentual maior, se comparado com os demais, seguido de Minas Gerais e
Sao Paulo. O Rio de Janeiro ficou bem proximo de Sao Paulo, no entanto
apresentou o menor percentual de erro entre o PIB real e o projetado.
Em relacao ao erro maximo encontrado entre os municipios
analisados, esse foi de 53,21% para o PIB e concentrou-se em Colatina
(ES). Esse resultado evidencia que nesse municipio o PIB real ficou
abaixo do PIB projetado. Ja o erro minimo foi Sao Goncalo (RJ), que
apresentou um percentual de 0,18% para o PIB, isto e, esse achado revela
que o PIB real ficou muito proximo do PIB projetado para 2010.
Nota-se, a partir desse resultado, que os maiores municipios de
cada estado da Regiao Sudeste do Brasil, por apresentar caracteristicas
diferentes entre si, evidenciaram uma margem de erro distante.
Destaca-se ainda que apenas dois dos maiores municipios da Regiao
Sudeste do Brasil obtiveram um erro de estimativa entre o PIB real e o
PIB projetado acima de 50%, municipios que pertencem ao Espirito Santo.
Alem disso, contatou-se que 17 municipios apresentaram uma margem de
erro de estimacao abaixo de 10%, o que demonstra que o erro entre o PIB
real e o PIB projetado foi minimo nesses municipios da Regiao Sudeste do
Brasil.
No que tange os gastos publicos analisados, assistencia, saude,
educacao e cultura, pode-se dizer que estabelecem uma relacao entre o
PIB real e o PIB projetado e sao considerados insumos produtivos, pois
sao servicos publicos que participam da formacao do PIB desses
municipios e constituem-se de forma positiva frente ao crescimento
economico. Os resultados encontrados revelam que essas variaveis sao
significativas para o crescimento economico dos maiores municipios
analisados.
Obteve-se o valor do coeficiente de determinacao [R.sup.2] = 97,7%,
o que lhe confere alta margem de confiabilidade. A partir do uso do
modelo para projetar o PIB de 2010 de cada municipio, obtem-se os
valores apresentados conforme a tabela 5, na qual compara-se o PIB real
de 2010 com o PIB projetado para esse mesmo ano, dos dez menores
municipios da regiao Sudeste do Brasil.
Na tabela 5, nota-se que o erro relativo medio dos menores
municipios da Regiao Sudeste do Brasil foi de 13,55%, isto e, para o
conjunto dos menores municipios de Minas Gerais, Sao Paulo, Espirito
Santo e Rio de Janeiro. Quando verificada a media de erro por estado dos
menores municipios da Regiao Sudeste do Brasil, constatou-se que Minas
Gerais apresentou um erro medio de 5,08%, Sao Paulo de 32,22%, Espirito
Santo de 10,70% e Rio de Janeiro de 6,20%.
O erro maximo encontrado entre os estados foi o de Nova
Guataporanga (SP), que apresentou um percentual de 55,97%. Por sua vez,
o erro minimo tambem foi desse estado, mas do municipio de Fernao, com
um percentual de 0,87%, pois o valor do PIB real e projetado ficou
proximo, diferentemente do ocorrido em Nova Guataporanga.
Destaca-se que dois municipios dentre os menores da Regiao Sudeste
do Brasil apresentaram um erro de estimativa entre o PIB real e o
projetado acima de 50%, como tambem ocorreu nos maiores municipios, pois
esses apresentaram respectivamente 52,46% e 55,97%. Dessa forma, pode-se
verificar que nos menores municipios analisados o erro de estimativa
obtido e considerado menor, isto e, o erro entre o PIB real e o PIB
projetado foi minimo para os municipios analisados. Em relacao ao modelo
matematico analisado, ressalta-se que foi eficiente para estimar o PIB
dos menores municipios, pois os valores do PIB real ficaram parecidos
entre esses. Entretanto, Sao Paulo apresentou os maiores erros de
estimativas do PIB.
A partir da analise feita com as variaveis usadas no modelo
matematico (assistencia, saude, educacao e cultura), no intuito de se
estabelecer a relacao entre o PIB real e o PIB projetado, pode-se
verificar que essas variaveis sao consideradas insumos produtivos, ou
seja, sao servicos publicos que colaboram para que seja possivel formar
o PIB dos menores municipios da Regiao Sudeste do Brasil, estabelecem
uma relacao positiva da participacao do governo para a promocao do
crescimento economico desses municipios.
No geral, observa-se que a media de erro entre o PIB real e o PIB
projetado nos maiores municipios da Regiao Sudeste do Brasil foi de
16,42% e nos menores foi de 13,55%. Considerando-se todos os 80
municipios analisados na pesquisa (maiores e menores), a media do
percentual de erro identificada no estudo apresentou uma variacao de
apenas 14,98%, o que sugere que o modelo matematico usado para a analise
de tais relacionamentos e adequado.
Discussao dos resultados da pesquisa
No que tange aos gastos publicos analisados nesta pesquisa, isto e,
assistencia (ASS), saude (SAU), educacao (EDU) e cultura (CUL),
percebeu-se que apresentaram uma relacao significativa e positiva com o
crescimento economico (PIB), pois os resultados revelaram que os
investimentos publicos e privados, em relacao a participacao do governo,
se complementam nos maiores e menores municipios da Regiao Sudeste do
Brasil.
Ressalta-se que houve relacao positiva entre os gastos publicos e o
crescimento economico quando analisado o conjunto de municipios, maiores
e menores, da Regiao Sudeste do Brasil. Contudo, na analise individual
de cada estado e do conjunto de municipios, verificou-se que nos
municipios maiores e menores o gasto publico com educacao apresentou
relacao positiva com o PIB em quase todos os estados, pois Sao Paulo foi
o unico que se distinguiu nessa analise feita com os municipios menores,
em que os gastos publicos com assistencia e cultura apresentaram-se
positivamente relacionados com o PIB e a educacao de forma negativa.
Esse resultado encontrado entre os municipios menores no Estado de
Sao Paulo diverge dos achados de estudos anteriores (Ventelou & Bry,
2006; Rocha & Giuberti, 2007; Baldacci, Clements, Gupta & Cui,
2008), que encontraram evidencias de uma relacao positiva entre os
gastos publicos com educacao e o crescimento economico com os resultados
encontrados nesta pesquisa em relacao aos demais municipios analisados.
As pesquisas de Mariana (2015) e Agiomirgianakis et al. (2002)
assemelham-se com os achados da presente pesquisa, visto que os gastos
com educacao apresentaram efeito positivo sobre o crescimento economico.
A ineficiencia na aplicacao dos recursos publicos pode proporcionar
efeitos negativos no crescimento economico das cidades (Marques JR.,
Oliveira & Jacinto, 2006), o que explica tais relacionamentos. Logo,
torna-se oportuno investigar a qualidade da aplicacao desses gastos
nesses municipios e estimular novos estudos.
De maneira geral, os demais resultados encontrados convergem com os
achados de estudos anteriores, corroboram as afirmativas de Aschauer
(1989). Os gastos publicos servem de insumo para o setor privado e fazem
com que ocorra de forma positiva o aumento do crescimento economico. Por
consequencia, a eficiencia desses gastos tende a gerar externalidades
positivas e beneficios a sociedade.
A partir dos resultados encontrados, mediante a aplicacao do modelo
matematico proposto nesta pesquisa, pode-se inferir que os gastos
publicos analisados, assistencia, saude, educacao e cultura, na maioria
dos municipios e estados selecionados para o estudo, acabam por
impulsionar o PIB municipal e/ou estadual.
Esses resultados corroboram os achados de Marques Jr., Oliveira e
Jacinto (2006), visto que em seu estudo os autores evidenciaram que os
investimentos publicos apresentam efeitos positivos sobre o crescimento
economico. Os resultados do estudo desenvolvido por Oliveira (2004) e
Rocha e Giuberti (2007) tambem corroboram esses achados, pois
evidenciaram que a variavel educacao e fundamental para promover e
explicar o crescimento economico. Nessa mesma perspectiva, Bogoni et al.
(2011) tambem identificaram que os gastos dos governos locais tem um
importante papel no crescimento economico.
Em ambito internacional, os resultados encontrados por Ventelou e
Bry (2006) e Baldacci et al. (2008) vao ao encontro desses achados,
visto que tambem identificaram que os gastos publicos com educacao e
saude apresentam impactos positivos e significativos no crescimento
economico. Adicionalmente, os resultados desta pesquisa tambem
encontraram evidencias que sugerem que os gastos com cultura tambem
podem influenciar positivamente o crescimento do PIB, o que estimula
novos estudos.
Apesar das convergencias encontradas nesta pesquisa, esses
resultados tambem se diferem dos achados do estudo desenvolvido por
Devarajan et al. (1996), que encontraram evidencias de que os gastos com
educacao e saude apresentaram relacao negativa com o crescimento
economico. Esses resultados vao de encontro as concepcoes teoricas da
teoria do crescimento economico, que explica tais relacionamentos quando
ha ineficiencia na aplicacao dos recursos publicos.
Quando analisados todos os municipios da amostra, ou seja, os 80
maiores e menores da Regiao Sudeste do Brasil, todos os gastos publicos
apresentaram relacao com o crescimento economico, no caso assistencia,
saude, educacao e cultura. Alem disso, a confiabilidade do modelo foi de
97,7%, o que demonstra que os gastos publicos tem um papel importante no
crescimento economico dessa regiao. Frente a esse resultado, Castro
(2006) ressalta que as despesas com educacao e saude sao consideradas
gastos produtivos e esses apresentam impacto positivo sobre o
crescimento economico.
No que se refere as variacoes entre o PIB real e o PIB projetado
dos maiores e menores municipios da Regiao Sudeste do Brasil, destaca-se
que nao houve grandes diferencas entre esses municipios analisados em
relacao ao erro relativo medio, visto que os maiores municipios
apresentaram um erro medio de 16,42% e os menores de 13,55%. Nessa
perspectiva, os resultados identificados por Bogoni et al. (2011),
diferem dos achados encontrados para a Regiao Sudeste do Brasil, pois
identificaram um erro de estimacao de 22,45% e uma confiabilidade do
modelo de 85,16%. Mesmo assim, os autores ressaltam, a partir de seus
achados, que os gastos publicos apresentam importante papel para a
promocao do crescimento economico, o que realmente se confirmou na
presente pesquisa.
O fato de os maiores municipios apresentarem um erro relativo medio
maior ocorre em funcao de que esses municipios tem caracteristicas
diferentes entre si, alguns sao mais desenvolvidos do que os outros. Ja
os menores municipios apresentaram um erro medio um pouco menor,
diferenca de apenas 2,87%, quando comparados com os maiores, pois sao
municipios considerados mais parecidos entre si, isto e, nao tem tantas
disparidades.
Nos maiores municipios encontrou-se um erro maior para Colatina
(ES), com um erro de 53,21%. A maior variacao nos menores municipios foi
encontrada em Nova Guataporanga (SP), que apresentou um erro de 55,97%.
Nota-se, por meio desse resultado, que nao houve diferenca significativa
entre a variacao dos erros dos maiores e menores municipios analisados.
No que diz respeito aos menores erros encontrados nos maiores e
menores municipios, houve pouca diferenca, visto que nos maiores o menor
erro foi de 0,87%, em Fernao (SP). Por sua vez, dos menores, foi Sao
Goncalo (RJ), com um erro de 0,18%. Destaca-se que Sao Paulo, na analise
dos menores municipios da Regiao Sudeste do Brasil, apresentou o maior e
menor erro de estimativa do PIB real e PIB projetado. Esse resultado
evidencia que o PIB real e projetado dos menores municipios desse estado
ficaram bem proximos.
Em sintese, a partir das evidencias encontradas nesta pesquisa,
seria interessante que os estados implantassem politicas publicas que
instituissem regras quanto aos gastos publicos, pois assim o PIB desses
municipios seria mais propenso ao desenvolvimento, isto e, haveria maior
possibilidade de crescimento economico nessa regiao do Brasil.
Consideracoes finais
Este estudo teve por objetivo investigar a influencia dos gastos
publicos no crescimento economico (PIB) dos municipios da Regiao Sudeste
do Brasil. Os resultados revelaram que o modelo matematico usado
conferiu uma confiabilidade de 0,977, ou seja, o poder de explicacao do
modelo foi alto (97,7%).
Os municipios do Espirito Santo apresentaram maior participacao no
PIB, os maiores municipios representam 79,68% do PIB desse estado e os
menores, 0,78%. Nos maiores e menores municipios analisados, os maiores
gastos publicos sao com educacao e saude. Verificou-se que dentre os
maiores municipios, Sao Paulo apresentou o maior valor somado dos gastos
publicos e nos menores, o Rio de Janeiro se destacou.
Os resultados evidenciam uma tendencia na aplicacao dos recursos
publicos pelos municipios dessa regiao, os quais, no periodo analisado,
designaram um volume financeiro maior de investimentos em educacao e
saude, o que incentiva o crescimento economico. Dentre os 80 municipios
analisados, apenas nos dez menores de Sao Paulo os resultados revelaram
relacao negativa entre a aplicacao de recursos em educacao e o
crescimento economico.
Entre os maiores municipios, Sao Paulo apresentou o maior
crescimento, seguido do Rio de Janeiro. Ja entre os menores, Rio de
Janeiro e Espirito Santo apresentaram maior crescimento economico. Esses
resultados sugerem que os municipios desses estados fazem maiores
investimentos em assistencia, saude, educacao e cultura.
A partir das evidencias encontradas nesta pesquisa, pode-se
concluir que na Regiao Sudeste do Brasil ha uma relacao positiva entre o
crescimento economico e os gastos publicos com assistencia, saude,
educacao e cultura. No periodo analisado, os maiores gastos foram com
educacao e saude. De forma individual, nos 40 maiores municipios
investigados na pesquisa, a educacao apresentou relacao positiva com o
PIB em todos os estados. Por sua vez, nos 40 menores municipios,
assistencia e cultura apresentaram relacao positiva nos estados
analisados. Entre os menores municipios pesquisados, a educacao
apresentou relacao positiva com o PIB em Espirito Santo, Minas Gerais e
Rio de Janeiro e relacao negativa em Sao Paulo.
Quando analisado o crescimento economico com todos os gastos
publicos dos 80 municipios investigados, pode-se verificar que os gastos
com assistencia, saude, educacao e cultura influenciam de forma positiva
no crescimento economico da Regiao Sudeste. Nota-se a partir desses
resultados que os gastos publicos apresentam um importante papel para
que ocorra o crescimento economico na regiao analisada.
E a partir dos gastos feitos que se torna possivel a geracao de
externalidades positivas e o desenvolvimento economico. A eficiencia na
aplicacao dos recursos gera beneficios a sociedade, contribui para o seu
desenvolvimento. Em contrapartida, a ineficiencia na aplicacao dos
recursos publicos pode nao impactar o crescimento economico ou impactar
de maneira negativa. Dessa forma, alem da aplicacao dos recursos e
necessario se observar a qualidade do gasto publico, uma vez que esse e
determinante para a geracao de externalidades positivas e de crescimento
economico.
Este estudo apresenta limitacoes. Contudo, as evidencias
encontradas estimulam novos estudos. Esta pesquisa contribui ao analisar
o PIB real de determinado periodo, em relacao ao PIB projetado para o
mesmo periodo, pois dessa forma e possivel verificar o crescimento
economico de determinada regiao, estado e ate mesmo do pais.
O modelo matematico proposto apresentou alta confiabilidade, o que
sugere que e adequado para este tipo de investigacao. Logo, pode
incentivar estudos comparativos, em que seja possivel estabelecer os
mesmos parametros e investigar a influencia existente entre os gastos
publicos e o crescimento economico em outros municipios, estados e
regioes, bem como estudos longitudinais, que podem contribuir para a
consolidacao do conhecimento existente sobre a tematica.
Os resultados deste estudo evidenciam que a analise consolidada dos
dados demonstra uma influencia conjunta e positiva de todas as
variaveis, em todos os municipios analisados. No entanto, a partir da
estratificacao da amostra, torna-se possivel inferir o comportamento das
variaveis em diferentes amostras, o que agrega qualidade ao trabalho e
proporciona melhores reflexoes. Dessa forma, tambem se torna possivel
estimular novos estudos.
Adicionalmente, a fim de promover uma analise mais ampla e
comparativa, sugere-se que seja ampliada a amostra desta pesquisa para
todas as regioes do Brasil e que se usem outros gastos publicos que
sejam relevantes, ou seja, perspectivas para novos estudos sobre essa
tematica.
http://dx.doi.org/10.1016/j.rege.2016.06.005
Conflitos de interesse
Os autores declaram nao haver conflitos de interesse.
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Recebido em 15 de agosto de 2015; aceito em 5 de abril de 2016
Disponivel na internet em 21 de junho de 2016
* Autor para correspondencia.
E-mail: larijpo@hotmail.com (L. Degenhart).
Tabela 1
Amostra dos dez maiores e menores municipios de cada estado da
Regiao Sudeste do Brasil
Dez maiores municipios de cada estado da Regiao Sudeste do Brasil
Minas Gerais Sao Paulo Espirito Santo Rio de Janeiro
Belo Horizonte Sao Paulo Vitoria Angra dos Reis
Betim Guarulhos Serra Rio de Janeiro
Contagem Campinas Vila Velha Duque de Caxias
Uberlandia Osasco Cariacica Campos dos
Goytacazes
Juiz de Fora Sao Bernardo Anchieta Macae
do Campo
Ipatinga Barueri Aracruz Niteroi
Uberaba Santos Linhares Sao Goncalo
Itabira Sao Jose dos Cachoeiro de Nova Iguacu
Campos Itapemirim
Sete Lagoas Jundiai Colatina Volta Redonda
Ouro Preto Santo Andre Presidente Petropolis
Kennedy
Dez menores municipios de cada estado da Regiao Sudeste do Brasil
Passa-Vinte Ribeira Laranja da Comendador
Terra Levy
Gasparian
Pedro Teixeira Itaoca Jeronimo Santa Maria
Monteiro Madalena
Paiva Vitoria Brasil Ibitirama Cardoso Moreira
Santo Antonio Aspasia Bom Jesus do Sao Sebastiao
do Rio Norte do Alto
Abaixo
Consolacao Fernao Mucurici Varre-Sai
Itambe do Mato Santana da Ponto Belo Trajano de
Dentro Ponte Pensa Moraes
Passabem Guarani d'Oeste Alto Rio Novo Aperibe
Sao Sebastiao Pracinha Dores do Rio Macuco
do Rio Preto Preto
Cedro do Abaete Nova Apiaca Laje do Muriae
Guataporanga
Serra da Torre de Pedra Divino de Sao Sao Jose de Uba
Saudade Lourenco
Fonte: IBGE (2011).
Tabela 2
Gastos publicos dos maiores municipios da Regiao Sudeste do Brasil
Estados/Municipios Assistencia Saude
Minas Gerais
Belo Horizonte 299.268.255,26 2.938.139.268,10
Betim 100.629.164,80 563.011.695,12
Contagem 31.351.180,12 445.148.446,35
Uberlandia 52.030.196,00 364.615.482,00
Juiz de Fora 13.924.611,94 538.194.502,14
Ipatinga 28.365.883,60 291.318.910,31
Uberaba 33.313.210,12 191.905.003,19
Itabira 14.930.532,88 126.540.341,80
Sete Lagoas 18.242.354,10 182.891.430,48
Ouro Preto 9.990.311,56 10.606.030,52
TOTAL 662.052.360,38 5.719.631.172,41
Sao Paulo
Sao Paulo 1.428.015.681,3 8.646.928.511,9
Guarulhos 98.910.019,66 944.911.112,24
Campinas 154.136.095,52 1.229.443.589,9
Osasco 101.812.410,16 631.111.925,16
Sao Bernardo do Campo 46.512.661,60 990.965.465,34
Barueri 100.951.668,16 418.112.912,81
Santos 54.665.120,18 530.639.919,66
Sao Jose dos Campos 106.228.438,34 458.199.911,10
Jundiai 10.693.046,50 429.198.924,53
Santo Andre 35.239.504,16 651.681.564,29
TOTAL 2.197.231.307,38 15.005.065.962,99
Espirito Santo
Vitoria 15.142.644,96 315.843.231,30
Serra 58.145.553,04 239.581.812,11
Vila Velha 1.689.061,16 114.183.016,11
Cariacica 12.683.500,94 48.110.211,41
Anchieta 9.188.851,54 48.119.551,53
Aracruz 10.619.260,00 13.281.114,00
Linhares 26.111.391,68 145.036.283,11
Cachoeiro de Itapemirim 9.861.156,82 31.081.146,59
Colatina 11.683.112,98 44.192.642,64
Presidente Kennedy 9.901.682,00 25.532.449,19
TOTAL 231.698.287,72 1.092.768.065,31
Rio de Janeiro
Angra dos Reis 24.910.620,16 182.111.810,60
Rio de Janeiro 510.002.145,00 3.163.993.184,6
Duque de Caxias 35.642.428,86 129.001.342,50
Campos dos Goytacazes 103.510.908,86 816.689.638,52
Macae 52.241.951,96 380.434.335,38
Niteroi 41.140.108,66 412.369.241,10
Sao Goncalo 33.341.488,30 316.316.858,49
Nova Iguacu 13.254.938,82 415.109.365,14
Volta Redonda 41.341.200,00 286.603.200,00
Petropolis 16.845.815,28 246.090.091,81
TOTAL 938.232.805,90 7.610.039.134,20
Estados/Municipios Educacao Cultura
Minas Gerais
Belo Horizonte 1.841.514.101,50 65.949.114,98
Betim 491.101.121,12 24.058.396,22
Contagem 439.825.321,68 2.118.554,22
Uberlandia 408.259.106,00 18.112.386,00
Juiz de Fora 306.104.988,84 25.641.221,82
Ipatinga 192.881.818,12 4.839.211,60
Uberaba 191.960.620,50 4.012.600,56
Itabira 99.400.811,50 8.462.949,66
Sete Lagoas 131.345.441,82 4.889.652,46
Ouro Preto 15.333.214,00 10.261.251,92
TOTAL 4.184.399.205,68 169.672.005,44
Sao Paulo
Sao Paulo 12.400.651.098,9 653.501.211,80
Guarulhos 960.052.042,04 36.813.043,94
Campinas 933.818.012,26 20.136.082,90
Osasco 119.662.229,18 14.332.589,30
Sao Bernardo do Campo 918.128.884,06 39.901.688,96
Barueri 835.800.981,14 41.665.161,56
Santos 414.381.931,02 43.866.221,48
Sao Jose dos Campos 851.632.092,90 45.558.191,48
Jundiai 404.259.886,62 13.615.056,32
Santo Andre 454.102.012,24 31.561.001,44
TOTAL 19.012.501.182,96 940.957.521,18
Espirito Santo
Vitoria 509.412.111,94 29.640.562,48
Serra 459.126.911,26 10.561.113,16
Vila Velha 306.468.231,12 5.410.319,14
Cariacica 239.315.594,04 2.023.251,44
Anchieta 13.224.006,90 1.610.936,14
Aracruz 118.154.664,00 2.111.636,00
Linhares 151.131.256,10 1.564.528,48
Cachoeiro de Itapemirim 140.018.006,08 6.132.104,38
Colatina 103.286.881,42 2.831.524,56
Presidente Kennedy 43.688.264,16 1.518.915,96
TOTAL 2.151.152.606,22 64.737.552,34
Rio de Janeiro
Angra dos Reis 215.193.136,24 9.312.225,60
Rio de Janeiro 4.509.002.901,1 209.599.158,0
Duque de Caxias 160.504.151,48 3.402.154,62
Campos dos Goytacazes 415.955.094,18 41.215.232,32
Macae 456.430.358,36 1.061.108,12
Niteroi 381.151.984,28 50.918.000,96
Sao Goncalo 314.542.845,20 2.121.128,98
Nova Iguacu 405.110.561,28 2.899.191,56
Volta Redonda 211.284.600,00 14.581.800,00
Petropolis 296.916.489,26 6.323.011,30
TOTAL 8.147.358.734,58 347.505.611,46
Fonte: STN (2014).
Tabela 3
Gastos publicos dos menores municipios da Regiao Sudeste do Brasil
Estados/Municipios Assistencia Saude
Minas Gerais
Passa-Vinte 388.317,82 1.551.769,49
Pedro Teixeira 310.821,74 2.145.971,42
Paiva 315.471,94 1.422.243,33
Santo Antonio do Rio Abaixo 592.948,16 3.460.049,44
Consolacao 570.433,74 1.559.297,87
Itambe do Mato Dentro 479.701,60 1.686.965,99
Passabem 260.289,34 2.417.339,46
Sao Sebastiao do Rio Preto 187.291,22 2.922.354,24
Cedro do Abaete 418.118,38 2.627.257,86
Serra da Saudade 499.079,30 1.571.010,54
TOTAL 4.022.473,24 21.364.259,64
Sao Paulo
Ribeira 1.266.590,20 2.101.548,83
Itaoca 1.217.145,80 1.688.893,68
Vitoria Brasil 1.322.542,94 1.444.801,16
Aspasia 1.013.942,14 1.282.568,48
Fernao 1.095.586,64 1.435.886,47
Santana da Ponte Pensa 2.738.374,08 9.719.720,18
Guarani d'Oeste 1.597.614,00 1.400.863,00
Pracinha 669.889,08 1.684.664,82
Nova Guataporanga 1.025.730,86 2.883.650,75
Torre de Pedra 319.490,60 1.263.761,13
TOTAL 12.266.906,34 24.906.358,50
Espirito Santo
Laranja da Terra 1.781.383,14 4.737.198,71
Jeronimo Monteiro 2.437.842,32 4.300.752,63
Ibitirama 2.158.377,98 3.816.716,25
Bom Jesus do Norte 1.996.500,00 7.792.018,00
Mucurici 2.605.391,12 5.678.922,12
Ponto Belo 3.088.760,74 6.609.923,40
Alto Rio Novo 1.534.320,72 7.178.851,60
Dores do Rio Preto 1.032.873,28 3.008.030,70
Apiaca 1.827.645,40 4.760.063,38
Divino de Sao Lourenco 1.066.507,74 2.117.886,80
TOTAL 19.529.602,44 50.000.363.59
Rio de Janeiro
Comendador Levy Gasparian 1.948.934,20 14.180.808,36
Santa Maria Madalena 2.227.242,06 9.254.598,77
Cardoso Moreira 2.475.530,72 5.804.402,15
Sao Sebastiao do Alto 1.868.210,56 11.821.066,48
Varre-Sai 2.434.946,20 4.008.306,30
Trajano de Moraes 2.026.420,44 7.942.323,74
Aperibe 3.106.971,50 11.163.213,00
Macuco 1.596.844,60 6.614.942,10
Laje do Muriae 2.826.677,60 10.308.378,00
Sao Jose de Uba 1.778.847,00 6.267.522,20
TOTAL 22.290.624,88 87.365.561,10
Estados/Municipios Educacao Cultura
Minas Gerais
Passa-Vinte 3.161.217,72 259.614,08
Pedro Teixeira 2.542.170,84 174.358,78
Paiva 2.347.383,50 219.967,34
Santo Antonio do Rio Abaixo 1.943.621,48 28.040,20
Consolacao 1.883.373,82 195.128,82
Itambe do Mato Dentro 1.850.736,96 920.161,08
Passabem 1.425.896,70 270.797,44
Sao Sebastiao do Rio Preto 2.298.687,62 302.905,20
Cedro do Abaete 2.391.245,88 341.547,72
Serra da Saudade 2.747.285,30 141.336,20
TOTAL 22.591.619,82 2.853.856,86
Sao Paulo
Ribeira 3.459.363,90 413.600,16
Itaoca 3.003.461,78 33.115,28
Vitoria Brasil 2.098.818,78 16.097,50
Aspasia 2.033.889,52 56.787,72
Fernao 2.392.552,00 323.226,14
Santana da Ponte Pensa 25.585.411,52 2.051.151,72
Guarani d'Oeste 3.615.886,00 357.894,00
Pracinha 2.725.696,28 133.724,54
Nova Guataporanga 2.760.570,90 28.068,10
Torre de Pedra 3.674.334,98 141.822,40
TOTAL 51.349.985,66 3.555.487,56
Espirito Santo
Laranja da Terra 9.595.076,54 72.366,50
Jeronimo Monteiro 9.928.072,12 875.786,20
Ibitirama 10.786.259,10 14.194,00
Bom Jesus do Norte 8.475.805,66 76.718,84
Mucurici 8.597.435,64 555.031,44
Ponto Belo 10.555.174,64 132.652,02
Alto Rio Novo 8.181.968,34 226.946,34
Dores do Rio Preto 5.754.289,72 17.950,00
Apiaca 7.983.467,02 100.965,30
Divino de Sao Lourenco 3.922.472,74 423.799,06
TOTAL 83.780.021,52 2.496.409,70
Rio de Janeiro
Comendador Levy Gasparian 13.043.556,98 351.215,82
Santa Maria Madalena 18.090.720,30 284.699,20
Cardoso Moreira 16.414.446,22 68.545,30
Sao Sebastiao do Alto 11.000.155,54 22.880,00
Varre-Sai 13.217.455,48 58.935,52
Trajano de Moraes 11.955.664,94 344.589,72
Aperibe 14.098.119,96 236.530,18
Macuco 10.545.695,80 2.165.300,60
Laje do Muriae 8.543.247,60 1.235.504,00
Sao Jose de Uba 8.431.690,60 476.820,03
TOTAL 125.340.753,42 5.245.020,37
Fonte: STN (2014).
Tabela 4
PIB real de 2010 versus PIB projetado dos maiores municipios da
Regiao Sudeste do Brasil pelo modelo nao linear multivariado
Estados/Municipios PIB Real PIB Projetado
Minas Gerais
Belo Horizonte 51.661.760,19 52.153.630,57
Betim 28.297.360,02 19.606.019,09
Contagem 18.539.693,13 18.036.545,14
Uberlandia 18.286.903,94 22.104.414,05
Juiz de Fora 8.314.430,51 10.531.342,57
Ipatinga 7.391.668,85 7.142.428,79
Uberaba 7.155.213,70 8.265.085,55
Itabira 7.039.687,52 5.499.031,61
Sete Lagoas 5.733.893,78 5.854.914,82
Ouro Preto 5.478.637,12 5.868.443,47
Sao Paulo
Sao Paulo 443.600.101,65 422.237.200,52
Guarulhos 37.139.403,99 38.145.163,68
Campinas 36.688.628,77 44.564.145,64
Osasco 36.389.079,62 28.699.507,99
Sao Bernardo do Campo 35.578.585,82 33.092.882,24
Barueri 27.752.428,25 28.654.354,42
Santos 27.616.034,70 21.707.332,61
Sao Jose dos Campos 24.117.144,92 28.859.983,55
Jundiai 20.124.599,88 18.931.063,56
Santo Andre 17.258.468,05 20.612.362,45
Espirito Santo
Vitoria 24.969.295,10 19.513.931,87
Serra 12.703.016,90 12.864.550,91
Vila Velha 6.978.689,54 6.688.733,84
Cariacica 4.904.146,66 3.711.751,18
Anchieta 4.185.736,41 2.127.402,89
Aracruz 2.837.565,37 3.341.755,87
Linhares 2.710.379,96 4.068.256,65
Cachoeiro de Itapemirim 2.700828,61 3.821.083,16
Colatina 1.834.559,44 2.810.641,19
Presidente Kennedy 1.607.332,88 1.409.614,87
Rio de Janeiro
Angra dos Reis 10.176.447,73 7.423.490,92
Rio de Janeiro 190.249.042,86 192.473.607,08
Duque de Caxias 26.496.845,30 22.445.122,22
Campos dos Goytacazes 25.313.179,34 22.186.760,30
Macae 11.267.976,33 14.939.109,57
Niteroi 11.214.103,38 12.429.284,81
Sao Goncalo 10.340.755,90 10.359.810,29
Nova Iguacu 9.496.659,54 10.279.624,14
Volta Redonda 9.170.922,40 9.703.826,51
Petropolis 7.063.116,14 7.700.833,13
Estados/Municipios Variacao (%)
Minas Gerais
Belo Horizonte 0,95
Betim 30,71
Contagem 2,71
Uberlandia 20,88
Juiz de Fora 26,66
Ipatinga 3,37
Uberaba 15,51
Itabira 21,89
Sete Lagoas 2,11
Ouro Preto 7,12
Sao Paulo
Sao Paulo 4,82
Guarulhos 2,71
Campinas 21,47
Osasco 21,13
Sao Bernardo do Campo 6,99
Barueri 3,25
Santos 21,40
Sao Jose dos Campos 19,67
Jundiai 5,93
Santo Andre 19,43
Espirito Santo
Vitoria 21,85
Serra 1,27
Vila Velha 4,15
Cariacica 24,31
Anchieta 49,17
Aracruz 17,77
Linhares 50,10
Cachoeiro de Itapemirim 41,48
Colatina 53,21
Presidente Kennedy 12,30
Rio de Janeiro
Angra dos Reis 27,05
Rio de Janeiro 1,17
Duque de Caxias 15,29
Campos dos Goytacazes 12,35
Macae 32,58
Niteroi 10,84
Sao Goncalo 0,18
Nova Iguacu 8,24
Volta Redonda 5,81
Petropolis 9,03
Fonte: STN (2014).
Tabela 5
PIB real de 2010 versus PIB projetado dos menores municipios da
Regiao Sudeste do Brasil pelo modelo nao linear multivariado
Estados/Municipios PIB Real PIB Projetado
Minas Gerais
Passa-Vinte 14.362,13 12.777,00
Pedro Teixeira 13.100,29 12.382,87
Paiva 12.788,79 12.580,35
Santo Antonio do Rio 12.676,88 12.063,10
Abaixo
Consolacao 11.869,73 12.016,17
Itambe do Mato Dentro 11.857,14 11.360,72
Passabem 11.554,52 11.362,87
Sao Sebastiao do Rio 11.415,23 11.889,26
Preto
Cedro do Abaete 11.360,65 11.721,51
Serra da Saudade 11.221,59 12.729,29
Sao Paulo
Ribeira 23.835,99 36.340,49
Itaoca 23.421,10 27.386,05
Vitoria Brasil 23.413,51 29.101,72
Aspasia 23.327,29 28.414,58
Fernao 23.325,17 23.527,01
Santana da Ponte Pensa 22.021,70 29.206,20
Guarani d'Oeste 20.214,15 26.291,26
Pracinha 19.839,12 29.604,46
Nova Guataporanga 17.891,48 27.906,12
Torre de Pedra 17.146,61 23.661,25
Espirito Santo
Laranja da Terra 81.117,77 72.319,05
Jeronimo Monteiro 78.569,24 73.530,83
Ibitirama 76.684,92 78.983,23
Bom Jesus do Norte 76.289,52 62.607,19
Mucurici 70.617,90 63.549,74
Ponto Belo 64.411,79 73.372,78
Alto Rio Novo 54.125,83 62.780,16
Dores do Rio Preto 53.342,38 50.312,42
Apiaca 50.953,26 61.824,12
Divino de Sao 36.822,04 37.507,50
Lourencco
Rio de Janeiro
Comendador Levy 12.7894,03 112.381,89
Gasparian
Santa Maria Madalena 12.4522,87 128.078,57
Cardoso Moreira 11.9597,90 112.769,93
Sao Sebastiao do Alto 99.082,59 104.370,55
Varre-Sai 95.981,89 93.024,27
Trajano de Moraes 91.625,25 96.556,89
Aperibe 91.384,42 103.860,21
Macuco 82.999,07 87.691,88
Laje do Muriae 76.962,02 72.428,52
Sao Jose de Uba 73.777,98 75.485,20
Estados/Municipios Variaccao (%)
Minas Gerais
Passa-Vinte 11,04
Pedro Teixeira 5,48
Paiva 1,63
Santo Antonio do Rio 4,84
Abaixo
Consolacao 1,23
Itambe do Mato Dentro 4,19
Passabem 1,66
Sao Sebastiao do Rio 4,15
Preto
Cedro do Abaete 3,18
Serra da Saudade 13,44
Sao Paulo
Ribeira 52,46
Itaoca 16,93
Vitoria Brasil 24,29
Aspasia 21,81
Fernao 0,87
Santana da Ponte Pensa 32,62
Guarani d'Oeste 30,06
Pracinha 49,22
Nova Guataporanga 55,97
Torre de Pedra 37,99
Espirito Santo
Laranja da Terra 10,85
Jeronimo Monteiro 6,41
Ibitirama 3,00
Bom Jesus do Norte 17,93
Mucurici 10,01
Ponto Belo 13,91
Alto Rio Novo 15,99
Dores do Rio Preto 5,68
Apiaca 21,33
Divino de Sao 1,86
Lourencco
Rio de Janeiro
Comendador Levy 12,13
Gasparian
Santa Maria Madalena 2,86
Cardoso Moreira 5,71
Sao Sebastiao do Alto 5,34
Varre-Sai 3,08
Trajano de Moraes 5,38
Aperibe 13,65
Macuco 5,65
Laje do Muriae 5,89
Sao Jose de Uba 2,31
Fonte: STN (2014).
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