期刊名称:Animus : Revista Interamericana de Comunicação Midiática
印刷版ISSN:1677-907X
电子版ISSN:2175-4977
出版年度:2019
卷号:18
期号:37
页码:238-252
DOI:10.5902/2175497727063
出版社:Universidade Federal de Santa Maria (UFSM)
摘要:Este artigo traz uma análise do filme-documentário Olmo e a gaivota , de Petra Costa e Lea Glob, com base na filosofia de Henri Bergson. A partir da experiência da gestação da atriz Olivia Corsini, narrada cinematograficamente, a gravidez pode ser compreendida como uma duração, no sentido bergsoniano. Analisando o filme como um discurso, proponho que este produto cinematográfico traz a invenção da gestação enquanto um tempo indivisível e contínuo, permeado por modulações de afetos, contrariando a perspectiva dominante na contemporaneidade que entende a gestação como um período que deve ser meticulosamente quantificado e medicalizado. Assim, o filme oferece uma janela oportuna para refletir como Bergson estabelece uma perspectiva filosófica fundamental para compreender o modo como experimentamos o tempo e a forma como o inventamos em produtos culturais como o cinema.