摘要:Falamos em auto-criticismo quando assumimos, face ao próprio sofrimento, uma postura dura, intolerante e de auto-avaliação negativa. A literatura aponta o autocriticismo como um importante preditor de sofrimento, associado à psicopatologia. Perante situações de fracasso, as pessoas podem adoptar o estilo de pensamento ruminativo que, por ser marcadamente repetitivo e negativo, se associa à sintomatologia psicopatológica. Esta investigação pretende contribuir para o conhecimento da relação entre o auto-criticismo, ruminação e a experienciação de afecto negativo, numa amostra não clínica de 193 sujeitos. Os resultados deste estudo indicam que os indivíduos mais auto-críticos e ruminadores experienciam mais afecto negativo. Verificámos igualmente que indivíduos mais auto-críticos tendem a recorrer mais ao pensamento ruminativo. Inversamente, a auto-tranquilização em momentos de fracasso, associa-se positivamente com a vivência de afecto positivo. Os resultados sugerem a importância de uma intervenção terapêutica focada na redução da auto-crítica e ruminação, em contexto clínico, promovendo a auto-tranquilização especialmente útil em doentes auto-críticos e com perturbações de humor.
其他摘要:We talk about self-criticism when we assume, due to our own suffering, a tough stance, intolerant and negative self-evaluation. The literature shows the self-criticism as an important predictor of pain, associated with psychopathology. In case of failure, people can adopt the ruminative thinking style that, being remarkably repetitive and negative, is associated with psychopathological symptoms. This research aims to contribute to the knowledge of the relationship between self-criticism, rumination and negative affect, in a nonclinical sample of 193 subjects. The results of this study indicate that more self-critical and ruminative individuals experience more negative affect. We also noted that self-critical individuals tend to make more use of ruminative thought. Conversely, self-reassurance, in moments of failure, is positively associated with positive affect. The results suggest the importance of a therapeutic intervention focused on reducing self-criticism and rumination in the clinical setting, encouraging self-reassurance, especially useful in patients with self-criticism and mood disorders.