期刊名称:Intercom: Revista Brasileira de Ciências da Comunicação
印刷版ISSN:1809-5844
电子版ISSN:1980-3508
出版年度:2014
卷号:37
期号:2
页码:315-334
DOI:10.1590/rbcc.v37i2.2121
摘要:O presente trabalho tem por objetivo mapear o tema da ordem discursiva em sua relação biopolítica com o campo da Comunicação. Utilizando o método de pesquisa bibliográfica, partimos da premissa foucaultiana de que a ordem do discurso é essencialmente uma ferramenta de poder, antes de uma aproximação com a verdade. Desta forma, intentamos dissecar o problema da institucionalização da linguagem e, consequentemente, da Comunicação. Ao se institucionalizar o desejo, este se vê forçado a se manifestar sob a forma aparentemente translúcida do discurso, no qual inicia-se o império disciplinar da biopolítica, que limita a forma de satisfação do desejo tão somente à alçada institucional. A biopolítica, forma moderna de controle das multidões, se dá pelo controle do individuo, de seu corpo e de seu espírito, passando, portanto, necessariamente pelo controle do discurso. Pudemos assim concluir que não é qualquer discurso que terá validade, apenas aqueles moldados e codificados à maneira da instituição, por ela providos de poder e capazes de bem nomear, deixando-se desta forma de fora muito do potencial desejante, dialógico e comunicacional.
其他摘要:The present work aims to map the discursive order in its biopolitical relationship with the field of Communication. Using the method of bibliographical research, we started with the foucaultian premise that the discursive order is essentially a tool of power rather than an approach to trut. Therefore, we intend to dissect the problem of the institutionalization of language and Communication. When it becomes institutionalized, desire is forced to manifest under the apparently translucid form of discourse, where the discipline kingdom of biopolitics take place, limiting the satisfaction of desire to the institutional realm. Biopolitics, the modern form of controlling multitudes, works by controlling individuals, their bodies, their spirits and, of course, their discourse. In conclusion, we state that not all discourses have validity but only those shaped and coded by the institution, the instance of power that says which discourses are able to say the truth, leaving behind the instances of desire, dialogue and Communication.