摘要:Resumo A partir do filme A vizinhança do tigre (2014), de Affonso Uchoa, este artigo se pergunta sobre algumas formas de vizinhança nas quais pode se engajar o cinema na relação com os espaços e com os sujeitos filmados. De um lado, levantamos uma visada geográfica, que enfatiza os modos pelos quais a escritura fílmica constitui a contiguidade das vidas, das casas, das ruas, dos espaços em cena. De outro, estamos interessados em um gesto de avizinhamento, quando a geografia e os sujeitos filmados interagem com a máquina-cinema segundo um modo de hospitalidade. Como pano de fundo, há aqui uma indagação sobre a possibilidade de os recursos expressivos da arte criarem uma vida em comum.