摘要:A retomada de imagens amadoras e de registros familiares em filmes documentários se intensificou no decorrer das últimas duas décadas. Esse artigo discute as noções de cinema amador e familiar propostas pelo pesquisador Roger Odin, o gesto de apropriação e de deslocamento dessas imagens, bem como sua recontextualização, no cinema contemporâneo. Concentraremo-nos na obra do artista húngaro Péter Forgács, que desde os anos 1980 realiza instalações e documentários com imagens amadoras produzidas, em grande parte, por cinegrafistas judeus da Europa Central. Forgács cria nesses filmes uma trama complexa, em que a vida dos personagens e os rumos tomados por eles se confundem com o destino do mundo.