摘要:Discuto neste artigo as formas como alguns documentários contemporâneos brasileiros lidam com o que chamamos o risco do real , expressão do teórico e cineasta francês Jean Louis Comolli e largamente utilizada pela crítica para indicar o “lugar” em que o cineasta deveria se encontrar na sua relação com o real. Estar sob o risco do real aparece como a garantia de uma imagem compartilhada entre os “atores” de um documentário. Estar sob o risco do real é o paradigma do chamado documentário moderno e está incorporado à produção brasileira recente. Uma importante diversidade de formas e estilos, dispositivos e práticas aparecem nesta recente produção. Aqui desenvolvo a questão do risco do real em relação ao papel que o conexionismo passou a ter no capitalismo contemporâneo e o diálogo de dois documentários brasileiros, Sábado à noite (2007), de Ivo Lopes e de Notas Flanantes (2008) de Clarissa Campolina, com seus dispositivos e com os desafios da imagem contemporânea.