出版社:Grupo de Estudos Linguísticos do Estado de São Paulo
摘要:Este trabalho se refere a um estudo sobre o conto “A Escrava”, da escritora brasileira Maria Firmina dos Reis, publicado na Revista Maranhense (1887:1 nº 3), o qual aborda a problemática da discriminação racial em nosso país, ainda na época da escravidão. São três as categorias de vozes do discurso no conto: a voz dos escravocratas, na qual aparece a figura do senhor; a voz dos abolicionistas, em que aparece a senhora, a narradora inicial; e a voz da escravizada, que é Joana, a escrava. Há, no conto, a falta de acordo entre o discurso religioso de igualdade/solidariedade e as vozes do discurso de relação de poder entre senhores e escravizados. O objetivo do trabalho é analisar as metáforas da desumanização: a figura do negro que fala da África, que só se enxerga livre quando olha para o passado vivido nas terras africanas. A abordagem está inserida no quadro teórico-metodológico da metáfora da alienação de Frantz Fanon, na qual a insanidade se revela como uma consequência do processo colonial.
其他摘要:This paper refers to a study about the short story A escrava [The slave], from the Brazilian writer Maria Firmina dos Reis, published in the Revista Maranhense (1887:1 nº3), which addresses the issue of racial discrimination in our country, still in the era of slavery. There are three categories of voices of discourse in the short story: the voice of the enslavers, in which the figure of the lord appears; the voice of the abolitionists, in which the lady appears, the initial narrator; and the voice of the enslaved, who is Joana, the slave. There is, in the story, the lack of agreement between the religious discourse of equality/solidarity and the voices of discourse of the power relation between masters and enslaved people. The aim of this paper is to analyze the metaphors of dehumanization: the black figure who speaks of Africa, who finds himself free when he looks at the past lived in the African lands. The approach is inserted in the theoretical-methodological framework of Frantz Fanon's alienation metaphor, in which insanity is revealed as a consequence of the colonial process.