摘要:Este artigo explora alguns poemas sobre o Brasil escritos pela canadense Jan Conn, poemas estes que são uma releitura da relação entre o Eu e o Outro nas Américas. Levando em conta o fato de que, por não possuírem tradições culturais ou histórias similares, o Brasil não é automaticamente considerado um Outro canadense (e vice-versa), procuro explorar a idéia (já discutida por críticos como Besner e Almeida) de que são justamente as diferenças entre os dois países que possibilitam descobertas surpreendentes. Uma destas descobertas acontece no choque entre práticas tradicionais de representação e a “realidade” do Outro na experiência da viagem. É nesse choque que o papel do sujeito (Eu) como construtor ou escritor do Outro começa a ser questionado e desestabilizado. Assim, neste trabalho, procuro demonstrar de que forma esta desestabilização acontece na obra de Jan Conn. Abstract : This paper approaches some of Jan Conn’s poems on Brazil as a re-reading of the relationship between Self and Other in the Americas. Aware of the fact that, because of their different historical and cultural traditions, Brazil is not automatically considered a Canadian Other (and vice-versa), I try to work with the idea (already discussed by critics such as Besner and Almeida) that it is exactly their differences that enable some surprising discoveries. One of these discoveries is linked to the shock between traditional representational practices and the actuality of the experience of the Other. Through this shock, the role of the Self as the constructor or writer of the Other is questioned and destabilized. This paper is an attempt to demonstrate how this destabilization takes place in Conn’s work.