摘要:No campo da surdez, sobretudo na visada antropológica, há uma constante luta dos movimentos surdos pela desvinculação da pessoa surda dos discursos da deficiência. Esse processo ocorre ao afirmar ser a surdez não uma condição de ineficiência corporal, mas uma relação outra do corpo surdo, conferida pela diferença linguística, efeito, exatamente, da não audição. É pela falta orgânica que se constrói a singularidade de uma experiência linguística distinta das pessoas que ouvem. Apesar de uma demanda por afirmar a surdez pelo viés da diferença e da singularidade ainda persiste uma discursividade que indica a experiência da surdez ao corpo deficiente, pautando-se pela concepção patológica. Na sociedade atual, a norma é sem dúvida estratégia voraz para a classificação, a nomeação, o agrupamento e a representação que reduz toda diferença numa base que pretende ser igualitária: ao incluir, exclui inúmeras singularidades, pois trabalha pela homogeneidade. Os surdos são alvo de captura de um saber normativo proposto pela lógica da escola e da sociedade inclusiva, funcionando pela ação noso-política que os classifica por decibéis, pela deficiência, pela falta de língua. Neste artigo, objetiva-se apontar os mecanismos biopolíticos de ajustes do corpo surdo sob a demanda do padrão da escola inclusiva. Problematiza-se: qual a surdez se permite vivenciar na escola inclusiva? Há espaço para a formação-surda? Como manter a singularidade surda quando se propõe um modelo único de funcionamento? Embora a língua de sinais tenha reconhecimento legal e uma maior visibilidade social há processos capilares de captura que diluem ou estriam os diferentes usos desta língua pelos surdos. A promoção de uma escola outra, heterotópica, sobrevive ou resiste na insurreição de novos saberes e forças surdas que reivindicam outras formas de vida. Na constante refacção dos conceitos gastos para a palavra inclusão, por exemplo, pela reconfiguração do espaço comum escolar transgredindo-o em outros modos de funcionamento.↓En el campo de la sordera, especialmente desde la vista antropológica, hay una lucha constante de los movimientos sordos para desvincular a dicha persona de los discursos de discapacidad. Este proceso ocurre afirmando que la sordera no es una condición de deficiencia, sino una relación otra del cuerpo sordo, dada la diferencia lingüística, precisamente en efecto de no oír. Es por la falta orgánica que se construye la singularidad de una experiencia lingüística distinta de las personas que oyen. A pesar de una demanda por afirmar al estado de sordera como una diferencia y singularidad, todavía persiste un discurso que indica a la experiencia de la sordera como un cuerpo discapacitado, guiado por la concepción patológica. En la sociedad actual, la norma es, sin duda, la estrategia voraz por la clasificación, nomenclatura, la agrupación y representación que reduce una diferencia en una base que está destinada a ser igual: para incluir, excluir a muchas singularidades, funcionando en base a la homogeneidad. Los sordos son objetivo de un la captura de un saber normativo propuesto por la lógica de escuela y de la sociedad inclusiva, mediante el trabajo de acción noso-política que los ordena por decibeles, deficiencia y por la falta de lenguaje. Este artículo tiene como objetivo señalar los mecanismos biopolíticos de ajuste del cuerpo sordo ante la demanda del padrón de escuela inclusiva. La problemática: ¿Qué se le permite experimentar a la sordera en la escuela inclusiva? ¿Hay espacio para la formación de una persona sorda? ¿Cómo mantener la singularidad de la persona sorda, al proponer un modelo único de funcionamiento? Aunque el lenguaje de señas tiene reconocimiento legal y una mayor visibilidad social, existen procesos de captura que diluyen y señalan los diferentes usos de la lengua por los sordos. La promoción de una escuela diferente, hetero-tópica, sobrevive o resiste en la insurrección de nuevos saberes y fuerzas sordas, que reivindican otras formas de vida. En el constante rehacer de conceptos gastados por la palabra inclusión, por ejemplo, por la reconfiguración del espacio común escolar transgrediéndolo en otros modos de funcionamiento.
其他摘要:In the field of deafness, especially within an anthropological view, there is a constant fight of the deaf movements to untying deaf persons from discourses of disability. This process occurs in affirming that deafness is not a body's inefficiency condition, but a distinct relationship of the deaf body, given by the linguistic difference, precisely, an effect of not hearing. In the present society, the norm is an undoubtedly voracious strategy aiming the classification, nomination, gathering and representation that reduces any differences in the name of an intended equality: by including, it excludes many singularities, because it favors the homogeneity. Deaf people become targets of a normative knowledge proposed by the logic of school and inclusive society through the noso-political action that ranked them by decibels, disability and lack of language. In this article, we aim to point out the biopolitic mechanisms of the deaf body adjustments under the demand of the standard of inclusive school. It problematizes: what kind of deafness is allowed to experience in an inclusive school? Is there room for a deaf training? How to keep the deaf singularity when proposing a single model functioning? Although sign language has legal recognition and greater social visibility there are some processes of capture that dilute or striate the different uses of this language by deaf people. The promotion of a heterotopic school survives or resists in the insurrection of new knowledge and deaf forces which claim for other forms of life by the constant retaking of shabby concepts for the word inclusion, for example, by reconfiguring the school common area and transgressing it in other operating modes.
关键词:biopolítica;educação de surdos;educação bilíngue;insurreição.