摘要:A partir da reconstrução do modelo normativo de modernidade cultural europeia idealizado por Habermas como base de sua teoria da modernidade, criticamos sua proposta de colocar esse modelo normativo de modernidade cultural europeia como paradigma epistemológico-moral universalista e como projeto integrativo cosmopolita, que serviria como guarda-chuva normativo dos contextos culturais particulares. A partir do desenvolvimento do conceito de condição pós-universalista, procuraremos defender que a modernidade cultural europeia não tem condições de sustentarse como paradigma da crítica, do enquadramento e da integração válido para todos os contextos, posto que não se pode separar esse modelo idealizado de modernidade em relação à colonização travestida de racionalização cultural e levada a efeito via globalização econômico-cultural. Nosso argumento consiste em que a racionalização cultural enquanto possibilitando o universalismo, cerne do modelo normativo de modernidade cultural europeia reconstruído por Habermas, leva à assimilação e à deslegitimação dos contextos culturais particulares, considerados por ele como incapazes de gerar uma postura universalista, legitimando de maneira direta a prossecução totalizante da modernidade para além de si mesma, como juiz, guia e projeto societal superiores, exatamente devido à sua cultura descentrada e às suas estruturas de consciência moral universalistas.
其他摘要:Beginning with the reconstruction of the normative model of european cultural modernity idealized by Habermas as basis of his theory of modernity, we criticize his proposal to put its normative model of european cultural modernity as universalist epistemological-moral paradigm and as cosmopolitan integrative project, as normative basis of particular cultural contexts. With the development of the concept of post-universalist condition, we will defend that European cultural modernity has not conditions to sustain itself as paradigm to critic, intervention and integration that is valid to all contexts, because it is not possible to separate this idealized model of modernity relatively to colonization travestied as cultural rationalization and conducted in terms of cultural-economic globalization. Our argument consists that cultural rationalization as allowing universalism, basis of Habermas normative model of European cultural modernity, leads to the assimilation and delegitimation of all particular cultural contexts, considered by him as unable to generate universalism, legitimating directly the totalizing prosecution of modernity beyond itself, as judge, guide and superior societal project, exactly because its decentered culture and universalist structures of moral consciousness.