摘要:A reflexão sobre a paisagem cultural da Cidade do Recife faz emergir as historicidades, as relações entre espaços - territórios e, sociedade, pois, trata-se de formas de incorporação da paisagem cultural às práticas econômicas e políticas. Apoiamos em Dardel (2011. p. 30), quando se refere que “a paisagem é um conjunto, uma convergência, um momento vivido, uma ligação interna, uma ‘impressão’, que une todos os elementos”. Trata-se de compreender as paisagens culturais, segundo suas representações e significações, tendo por objetivo apreender as expressões da paisagem dos bairros Recife Antigo, Santo Antônio e São José da Cidade do Recife. A metodologia está consubstanciada na observação e leitura analítica das produções que tratam da temática. Na cidade do Recife há um mosaico heterogêneo de unidades interativas no universo da paisagem, que nos expõem a uma escala de observação. Daí se pressupor que a paisagem como um todo, considerando as interações espaciais entre unidades culturais e naturais, cria-se a perspectiva se apreendê-las, enquanto expressão geográfica em múltiplas perspectivas. A cidade foi se modelando e revelando-se de estrutura e de fisionomia, implicando no surgimento de novo tipo de paisagem geográfica: a paisagem da Cidade do Recife, dos rios e das pontes, dos mocambos e dos morros e outras, tão reais, quanto imagéticas. Nessa lógica, a paisagem do Recife tem uma composição fracionada de formas naturais e humanas que se constituem num conjunto heterogêneo rio/oceano e urbano/cultural. Daí porque o Recife, uma cidade com cenários marcantes se destaca pela característica de seu sítio. O Recife Antigo, área que corresponde aos bairros – Santo Antônio e São José “então chamada dos Navios e de Antônio Vaz” –, configurados e emoldurados pelos rios Capibaribe e Beberibe, e o Oceano Atlântico que configuram paisagens, marcadas pela dialética do meio ambiente e os construtos humanos num perceptível cenário de paisagens.