摘要:O presente artigo problematiza os movimentos produzidos em uma pesquisa de mestrado realizada em uma unidade de educação infantil do Município de Vitória, ES, na qual fomos movidos por diferentes encontros com as crianças que frequentavam as turmas de seis anos.Em um desses encontros durante uma aula de artes vivenciamos, a partir da convocação de uma criança que foi ridicularizada por não saber amarrar o sapato, a necessidade de experimentar modos de docências onde o cuidado de si fosse um dos encaminhamentos dos trabalhos educativos.Assim, em meio aos movimentos mais visíveis de garantia de acesso aos conteúdos de diferentes áreas do conhecimento, corre no sub-solo a necessidade de constituir um trabalho educativo que possa voltar sua atenção para uma ética e uma estética da existência.Ou seja, a vida tomada por orientações de preservação da mesma.Desse modo, os saberes e fazeres vividos nos processos educativos foram pensados por meio de princípios como a solidariedade, a amizade e o cuidado de si (“si” pensado como coletivo que compõe o corpo educativo), determinantes para constituição de uma trabalho docente vinculado a artistagem, ou seja, a composição de uma atuação docente cujos parâmetros seria a preservação e expansão dos corpos vibráteis.Corpos intensivos que se relacionam por meio da tentativa de criação de canais que possam dar passagem para as intensidades emitidas pelos corpos.Desse modo utilizando-me do método cartográfico e de algumas ferramentas conceituais produzidas pelos filósofos Gilles Deleuze e Michel Foucault, concluo esse trabalho considerando a potência dos bons encontros e do cuidado de si para a ampliação dos possíveis do aprender e do ensinar.