摘要:Este artigo trata da questão da imagem do autor a partir da análise crítica dos romances Simpatia pelo demônio , de Bernardo Carvalho, e A resistência , de Julián Fuks. Inicialmente, investigaremos o problema do autor em algumas referências teóricas essenciais à discussão da autoria, seja recuperando alguns pressupostos mais clássicos dos Estudos Literários ou atualizando a reflexão em torno do nome e das práticas sócio-discursivas que legitimam os autores. Bernardo Carvalho e Julián Fuks nos provocam a pensar as questões de tempo, espaço e memória a partir daquilo que Josefina Ludmer (2014) chama de crítica polifônica, isto é, o pensamento que introduz na história do discurso crítico uma multiplicidade de operações simultâneas demandadas pelos textos. A questão, como se verá nas obras de Carvalho e Fuks, será discutida por meio dessa polifonia crítica, com ênfase na legitimação e patrimonialização do autor no campo intelectual, temas que não dizem respeito somente ao papel do escritor no sistema literário, mas também a uma intensa problematização ficcional que seus textos operam.