摘要:Tendo como campo empírico o povoado do Taim, município de São Luís, na Ilha do Maranhão, os autores analisam o conflito que se processa entre os habitantes locais e a administração de grandes “projetos de desenvolvimento” instalados na área desde o final da década de 1970, como desdobramento do Projeto Grande Carajás. No centro de tal conflito está a luta pela posse e controle de territórios. Liderados pela União de Moradores do Taim, desde 1996, vários povoados reivindicam a instalação de uma Reserva Extrativista. Fundamentando esta reivindicação, os moradores destacam a existência de um modo de vida ancestralmente construído, com baixos índices de agressão ao meio e que permite configurar a região como sendo um território ocupado por populações tradicionais.