摘要:No presente artigo apresentamos resultados de entrevistas semidiretivas com teletrabalhadores portugueses e brasileiros, analisadas da perspectiva teórica das redes sociotécnicas. No teletrabalho as tecnologias de informação e comunicação aparecem como mediadoras de novos modos de gerir, experimentar e produzir os tempos de trabalho e de não trabalho. Esta nova temporalidade constitutiva do teletrabalho é abordada a partir das seguintes características: a predominância da lógica de curto prazo, a flexibilidade e elasticidade temporal, a disponibilidade integral para o trabalho (trabalho excessivo), o autocontrole e o autodisciplinamento do tempo aos quais se engajam subjetivamente os teletrabalhadores por conta própria e teletrabalhadores assalariados.