摘要:Objetivo: Identificar as repercussões neonatais a curto prazo decorrentes da decisão da parturição prematura em gestantes hipertensas motivada por complicações maternas e/ou fetais. Método: Estudo transversal, envolvendo 86 gestantes hipertensas internadas no Hospital Guilherme Álvaro em Santos, entre período de janeiro de 2005 a dezembro de 2007 e outubro de 2009 a julho de 2011, e que foram submetidas ao parto prematuro. Resultados: Os mais prevalentes foram: a pré-eclâmpsia sobreposta como expressão clínica (43%).A idade gestacional do parto foi de 32 a 34 semanas de gestação em 47,7%, com peso de nascimento entre 1500g a 2500g (45,3%) e a corticoterapia não foi realizada em 55,8%. Os RNs necessitaram de UTI neonatal em 78,6%, com tempo de internação superior a 28 dias (33,3%). As complicações neonatais mais frequentes foram síndrome do desconforto respiratório (69%), icterícia (38,1%), sepse (17,9%) e hipoglicemia (14,3%), ocorrendo cinco casos de óbito neonatal intrahospitalar. Conclusão: As síndromes hipertensivas na gestação necessitam diagnóstico precoce e avaliação materno-fetal minuciosa na tentativa de antever possível evolução para formas mais graves e amenizar os danos da prematuridade. O neonato de mãe hipertensa apresenta risco substancial de complicações precoces que podem causar internação hospitalar prolongada, óbito e predispor a sequelas tardias, constituindo-se em um desafio para os sistemas de saúde e econômico do país.