摘要:Este artigo tem como objetivo analisar os discursos que circulam sobre a inclusão escolar na atualidade e perceber os efeitos que tais discursos produzem no campo da avaliação escolar. Para isso, apresentamos as análises de propagandas do Ministério da Educação (MEC) divulgadas, recentemente, na televisão, assim como discursos materializados em edições da Revista Nova Escola, desde a década de 1990 até a atualidade, que tematizam acerca da inclusão escolar. A partir do material empírico e tomando como embasamento teórico o pensamento de Michel Foucault, foi possível perceber efeitos que repercutem não só nas práticas escolares, mas também atravessam a constituição do sujeito docente, que passa a naturalizar o discurso da inclusão. Em um primeiro momento, visualizamos um movimento que denominamos ênfase na moralização, a partir do qual foi possível notar um predomínio das questões relativas à socialização das crianças da escola. Tal movimento desenvolve uma espécie de banalização da aprendizagem que repercute diretamente no campo da avaliação escolar, sendo que os discursos analisados não se referem às aprendizagens escolares, relacionadas a determinadas áreas de conhecimento, mas ao que denominamos aprendizagens sociais. Ou seja, trata-se de uma ênfase moral que encontra-se presente tanto no campo das práticas pedagógicas desenvolvidas pela escola quanto nos aspectos a serem avaliados.