摘要:Para problematizar a tendência de impor nas pré-escolas, e muitas vezes nas creches, uma pedagogia pautada na lógica escolar, fundada nas ciências da regularidade, voltada ao ensino analítico, centrada na docência e na transmissão de conhecimentos, propomos uma interlocução entre arte, educação e pequeníssima infância. O encontro entre arte e infância favorece a discussão em torno das lacunas na formação do pedagogo(a) que convive com crianças pequenas, principalmente com as pequenininhas, para educá-las muito além do cognitivismo reinante. A partir de filósofos e pensadores interessados na vida e seus transbordamentos, abordamos a imaginação poética, a alegria e a complexidade de aprender, o direito à beleza e à experiência linguageira que emerge do corpo sensível, para reivindicar a emergência política de uma outra Pedagogia da infância. A experiência do corpo sensível e linguageiro, em suas primeiras aprendizagens, evoca uma pedagogia que não separa experiência e saber, corpo e mente, pensamento e ação no mundo. Essa inseparabilidade permite tanto resistir às bases exclusivamente científicas da Pedagogia e seu tecnicismo estrutural – a didática, quanto afirmar a relevância da arte na formação docente em sua potência de aglutinar encontros poéticos, políticos e pedagógicos que garantam o direito pleno à infância e à educação.
其他摘要:In order to problematize the tendency of imposing in preschools (and very often in day care centers) a pedagogy based on the school logic, rooted in the sciences of regularity, focused on the analytical teaching, centered on the teacher and knowledge transmission, we propose an interlocution between art, education and the very earliest childhood. The encounter between art and childhood fosters the discussion about the gaps in the teacher’s formation, who is always among young children, mainly the tiny young ones, to educate them way beyond their prevailing cognitivism. From philosophers and thinkers interested in life and its unfoldings, we approach the poetic imagination, the joy and the complexity of learning, the right to beauty and the language experience that emerges from the sensitive body to raise the political urgency for another Childhood Pedagogy. The experience of the sensitive and linguistical body in its first learning summons a pedagogy which does not segregate experience from knowledge, body from mind, thought from action in the world. This inseparability allows one not only to resist the exclusively scientific bases of Pedagogy and its structural technicality – the didactics – but also to assess the relevancy of art in the teaching formation and its power to agglutinate poetic, political and pedagogical meetings that guarantee full rights to childhood and education.