摘要:Em O Conto da Aia , de Margaret Atwood, a República de Gilead submete suas mulheres ainda férteis a uma série de atos que resultam em uma condição particular de morte em vida, uma condição a qual podemos chamar de morte social. Essa aparece em sua forma mais extrema, segundo Patterson (1985), na instituição da escravidão. A partir do estudo de Patterson, Lisa Guenther (2013) investiga os mecanismos que fazem e desfazem uma pessoa tanto externa (socialmente) quanto internamente (subjetivamente). O presente trabalho propõe que a interpretação da condição das Aias em Gilead como uma condição de escravidão abre portas para a compreensão das práticas sociais que geram o efeito da morte social desses sujeitos, bem como para a compreensão das condições de possibilidade do regime representado pela obra em questão, que de início pode nos parecer tão extremo, mas que tem como sua base mecanismos familiares de exclusão e violação.
其他摘要:In The Handmaid’s Tale , by Margaret Atwood, the Republic of Gilead submits the women who are still fertile to a series of acts that result in a particular condition of death in life, a condition which can be called social death, which appears in its more extreme form, according to Patterson (1985), in the institution of slavery. From Patterson’s study, Lisa Gunther (2013) investigates the apparatus involved in making and unmaking someone’s personhood both externally (socially) and internally (subjectively). This paper proposes that the interpretation of the Handmaid’s condition as a condition of slavery allows for the understanding of the social practices that generate the effect of these subjects’ social death, as well as the understanding of the conditions of possibility of the regime presented by Atwood’s dystopia, which might seem extreme and far-fetched, but has its roots on a familiar apparatus of exclusion and violation.