摘要:Em 2014, quatro anos após a morte de José Saramago, chegava às livrarias seu último romance, que restou inacabado e foi encontrado em seu computador.Alabardas, alabardas, Espingardas, espingardas tem apenas três capítulos.Porém, a edição do livro apresenta ainda o diário de Saramago, com anotações referentes ao romance, ilustrações de Günter Grass e textos de outros autores.O romance centra-se na temática da violência, da guerra e da fabricação e comércio de armas.Neste artigo, contudo, objetivamos uma análise dos paratextos editoriais da edição de Alabardas .A proposta, nesse sentido, pauta-se, a partir da definição de paratexto apresentada por Gérard Genette (2009), na investigação de uma possibilidade de leitura de Alabardas não [só] como romance, mas como manifesto.Tal possibilidade alicerça-se no caráter polissêmico dos paratextos editoriais, que proporcionam novas perspectivas de leitura e interferem na produção de sentidos quando da leitura do texto, bem como na concepção de editor enquanto adaptador, considerando um dos conceitos de adaptação abordados por Linda Hutcheon (2013).
其他摘要:In 2014, four years after José Saramago’s death, his last novel arrived at the bookstores, which remained unfinished and was found in his computer. Alabardas, alabardas, Espingardas, espingardas has only three chapters. Nevertheless, the book edition also presents the Saramago’s diary, with notes referring to the novel, Günter Grass’ illustrations and texts of other writers. The novel focuse on theme of violence, war and the manufacture and the arms trade. In this article, however, we aim an analyses of the editorial paratexts of Alabardas edition. The proposal, in this sense, aims, having the paratext definition presented by Gérard Genette (2009), the investigation of a reading possibility of Alabardas not [only] as novel, but also as manifest. This possibility can be founded in the polysemic character of the editorial paratexts, which provide news perspectives for reading and interfere in the production of meanings in the text reading, as well in the conception of the editor as adapter, considering one of the adaptation concepts approached by Linda Hutcheon (2013).