摘要:O romance autobiográfico Infância , de J. M. Coetzee, apresenta-nos um narrador estruturado a partir de uma terceira pessoa; em vários momentos da narrativa está completamente alheio e “fora” dos fatos narrados, além de que a criança é vista sobre a ótica do narrador adulto. Da mesma forma, em algumas fotos tiradas pelo autor durante 1955 e 1956, percebemos semelhanças entre o narrador textual de Infância e o narrador imagético do acervo fotográfico . Com isso, pretendemos ao longo deste ensaio fazer uma aproximação entre os dois narradores, acionando conceitos de “narrador”, “memória” e “fotografia” para perceber como os fatos narrados são apresentados ao leitor. Ao mesmo tempo, pretendemos avaliar, à luz do estudo de Aleida Assmann (2011), a importância da caixa com negativos de fotografias tiradas por J. M. Coetzee e que também retratam momentos de sua infância.