摘要:Este trabalho propõe uma leitura crítica de Os emigrantes , de W. G. Sebald (2002), problematizam as dicotomias estabelecidas na modernidade entre uma promessa de mobilidade contraposta à clausura de um mundo marcado, conforme a acepção de Walter Benjamin, pelo “mal do progresso” inscrito no pesadelo da história. A ficção de Sebald se constrói nas interseções entre memória, documento, história, etnografia e ficção. Seu texto será lido como movimento de passagem que convoca a crítica à análise de uma série discursiva composta por um campo reflexivo em torno das antinomias de uma Europa moderna arrebatada no século XX pelo trauma, pela catástrofe e pela ruína. Neste sentido, Sebald dialoga com formas textuais híbridas que, por meio de uma poética do fragmento, renova o realismo literário, influenciando decisivamente a prosa ficcional contemporânea. Em Sebald, a tematização do mundo arruinado se converte em uma alegoria da era das catástrofes e do destino de sujeitos migrantes. O artigo discute as implicações teóricas e o alcance deste conjunto de temas e reflexões.