期刊名称:O Eixo e a Roda: Revista de Literatura Brasileira
印刷版ISSN:2358-9787
出版年度:2016
卷号:25
期号:2
页码:297-318
DOI:10.17851/2358-9787.25.2.297-318
出版社:Faculdade de Letras da Universidade Federal de Minas Gerais
摘要:Em uma famosa objeção à comparação de sua literatura com aquela engendrada pelos nouveaux romanciers franceses, Osman Lins afirmava ser tal corrente literária extremamente civilizada enquanto, ao contrário, via-se (a si mesmo e a sua prosa) como “um tanto civilizado, mas […] mais ou menos primitivo, um selvagem civilizado”.Considerando que o primitivismo osmaniano é colocado pelo autor como algo da ordem dos “instintos” e do “incompreensível”, pretendemos com este artigo demonstrar como este aspecto foi identificado de maneira precisa pelo crítico franco-lusitano Álvaro Manuel Machado, sobretudo quando este autor propõe o “paradoxo” e o “animismo” como chaves de leitura de Nove, novena e Avalovara .Em seguida, aclararemos o interesse de Lins pela coincidentia oppositorum e pelo “olhar” dos animais propostos por Mircea Eliade, além de abordar o protagonismo dos viventes não humanos e da natureza em geral em suas duas obras supracitadas.Finalmente, exporemos como Lins, em sua literatura, elabora uma veemente crítica à pretensão à racionalidade pura.