摘要：A história da literatura costuma dar pouco destaque às produções textuais que erigem sua voz na fronteira entre as artes e as Letras. No entanto, desde fins do século XIX, a materialidade das palavras foi posta em relevo por Mallarmé e, posteriormente, expoentes da vanguarda europeia como Apollinaire, Zdanovitch e Marinetti. Essa ênfase no aspecto visual do texto foi recuperada, em solo nacional, pela poesia concreta. Ancorados na teorização de seus pressupostos, os poetas concretos foram alvo tanto de admiração quanto de rechaço por parte da crítica literária. Como estratégia de resistência a essa vocação polemista, seus próceres objetivaram suas ideias com a ajuda do conceito poundiano de paideuma, estabelecendo critérios para seu trabalho a partir da identificação de procedimentos criativos em um rol seleto de autores que os precederam. Devemos acatar essa linhagem autoestabelecida de uma poesia de invenção ou seria melhor inserí-los no legado de uma textualidade expandida, que caminhou em paralelo à história literária canônica e antecipou potencialidades intermidiáticas?.
其他摘要：The history of literature usually gives little prominence to the textual productions that erect their voice on the border between the arts and the Letters. However, since the late nineteenth century, the materiality of the words was emphasized by Mallarmé and later exponents of the European vanguard as Apollinaire, Zdanovitch, and Marinetti. This emphasis on the visual aspect of the text was recovered, on national soil, by concrete poetry. Anchored in the theorization of their presuppositions, the concrete poets were as much the object of admiration as of rejection by the literary critic. As a strategy of resistance to this polemic vocation, their heroes objectified their ideas with the help of the Poundian concept of paideuma, establishing criteria for their work from the identification of creative procedures in a select roll of authors that preceded them. Should we follow this self-established lineage of the poetry of invention or would it be better to insert them into the legacy of expanded textuality that walked parallel to traditional literary history and anticipated inter-mediatic potentialities?
