摘要:A dicotomia entre conhecimento e prática ensejada pela modernidade e pelo paradigma científico a ela associado tem sido debatida no cenário contemporâneo a partir de leituras denominadas modernas e pós-modernas. O modo de produzir subjetividade e conhecimento que predomina no cenário contemporâneo produz, por um lado, subjetividades que se acreditam constituídas por uma consciência capaz de expurgar os afetos e controlar o entorno e a si própria. Por outro lado, temos a produção da ciência calcada no pressuposto do saber absoluto e verdadeiro. Problematizar temas relevantes a esses debates e subjacentes a essas leituras se revela fundamental ao exercício da prática do profissional que se preocupa com a sua inserção crítica, já que as concepções em pauta subsumem o debate sobre o homem simbólico, as narrativas e a concepção sobre o real. Neste artigo, o objetivo específico é analisar o pressuposto antirealista e o pressuposto da dissolução das referências identitárias concomitante às suas reverberações na produção subjetiva e social. De forma específica, focalizamos a concepção sobre o ato de conhecer e sobre o sujeito que conhece e as suas relações com a constituição subjetiva e cognoscente. Ato contínuo, essas análises são ilustradas a partir de recortes do trabalho realizado com grupos em uma instituição escolar e são estabelecidas relações entre as práticas psicológicas e as leituras acerca da constituição subjetiva e do sujeito do conhecimento.