摘要:O problema do paternalismo, que começa com a falta de consenso sobre seu próprio significado, e sua aceitação no âmbito estatal pelos estudiosos do Direito (em âmbito nacional e internacional), tem gerado debates acerca da possibilidade de essa filosofia de gestão tolher a liberdade do ser humano em um sistema institucionalizado. O Estado pode (ou deve) tomar as decisões pelos cidadãos, inclusive aquelas que envolvem exclusivamente a esfera privada? Através de pesquisa eminentemente bibliográfica, propõe-se neste artigo que a atuação interventiva do Estado não seja pautada em modelos extremistas adeptos de visões excessivamente paternalistas ou deliberadamente libertárias. O melhor caminho é o do meio e consiste numa solução intermediária de intervenção equilibrada, tal como sugerido por Cass Sunstein e Richard Thaler, chamada “paternalismo libertário”. O Brasil, como um país tradicionalmente paternalista, sofre os reflexos dessa escolha de modus operandi, pois não prepara seus cidadãos para seguirem suas próprias escolhas, o que contribui sobremaneira para o fortalecimento da dominação e da dependência massificada.
其他摘要:The problem of paternalism, which begins with the lack of consensus on
its own meaning and its acceptance at the state level by law scholars (nationally and
internationally),has generated debates about the possibility of this managerial
philosophy diminishing the freedom of the human being within a Institutionalized
system. That is, the state can (or should) make decisions for citizens, even if these
decisions also involve the private sphere of the individual? Through an eminently
bibliographical research, it is proposed here that one should not necessarily use a
paternalistic or libertarian view, but a middle term created by Cass Sunstein and
Richard Thaler called "libertarian patermalism". Brazil, as a deliberately paternalistic
country, suffers the reflexes of choosing this modus operandi, not preparing its citizens
to make their own choices, thus contributing to a mass dependency.