摘要:Propomo-nos, a partir de dados obtidos em estudos antes realizados, a discorrer sobre algumas das marcas do universo literário de Virgínia Woolf. Para tanto, levaremos em consideração uma particularidade de sua escritura: a recorrente e impactante presença da morte em sua narrativa, a qual revelou-se ser o índice de um modo de defesa frente ao encontro com o real. Considera-se que o caráter confessional de sua escritura assume uma forma e função inédita na literatura moderna, não podendo ser entendido a não ser em referência à dificuldade experimentada pela escritora em enfrentar os lutos sucessivos de familiares e pessoas que lhe eram queridas, o que a levou a se fazer valer da criação como forma de auxílio à lida com a dimensão inassimilável dessas perdas. Ao contrário de outras narrativas de caráter confessional, que primam pela produção da atmosfera do íntimo, defendemos que a sua produz, diferentemente, no leitor, o luto como efeito estético, contaminando-o com o sem sentido da existência. Palavras chaves: Literatura; Psicanálise; Virgínia Woolf, morte, real.
其他摘要:Our goal with this paper is to discuss about some of the features of the literary universe of Virginia Woolf, starting from conclusions obtained in previous studies. To do so, we will take in consideration a particularity of her writing: the recurrent and shocking presence of death in her narrative, which has shown to be an indication of a way to defend herself against the encounter with the Real. We consider that the confessional aspect of her writing becomes a new role in modern literature, which can only be understood as reference to her difficulty in facing successive mournings of family and loved ones, fact that led her to use her own writing is help in the struggle with these unassimilable losses. On contrary of other confessional nararatives, that cherish the creation of an intimate atmosphere, we defend the Woolf’s writing create, in the reader, a mourning as aesthetical effect, contaminating it with the meanless of existence.