摘要:As abordagens sobre o processo histórico educacional da população negra e afrodescendentes no Brasil durante os períodos da Colônia, Império e início da República, em geral, são deficitárias e, por vezes, camufladoras de uma realidade inegável, sobretudo quando se trata de abordagem historiográfica regional e/ou local. Caso essa abordagem tenha como lócus o estdao do Ceará, cuja máxima convencional é a de que nestas terras não houve escravos, tal abordagem é mais lacunosa ainda. Neste sentido, este artigo tem como foco demonstrar as fissuras da política educacional em relação à população negra do/no estado do Ceará, especificamente em Fortaleza, no período das primeiras duas décadas republicanas no Brasil. Deste modo, a presente escrita seguiu as trilhas da pesquisa qualitativa do tipo descritiva com método procedimental bibliográfico com base em fontes secundárias de livros e documentos. Em conclusão restou demonstrado que a realidade da escola não fazia-se presente para a maioria da população negra de Fortaleza. Portanto, em sua grande maioria essa parcela da população parece não ter conseguido transpor as barreiras impostas pelo controle escolar – racismo, preconceito, discriminação e dificuldades financeiras.