摘要:O presente artigo trata da relação cultura e natureza durante o colonialismo alemão na África, atentando para a emergência de ideias de preservação da vida selvagem. Em termos metodológicos, fez-se um recorte espacial e temporal que tem por foco a África Oriental Alemã (atual Tanzânia) entre 1906 e 1912, ou seja, durante o governo de Albrecht von Rechenberg (1861-1935). Nestes anos, as mudanças nas leis de caça e outras medidas suscitaram uma mobilização de alguns amadores da caça esportiva e de naturalistas em prol de um incipiente "preservacionismo". O artigo destaca ainda um episódio ocorrido em 1910, quando o governador da África Oriental Alemã ordenou uma matança nas proximidades do Kilimanjaro. Em torno da polêmica suscitada pela matança, fez-se uma síntese do embate de ideias sobre o lugar da natureza selvagem na África sob domínio colonial alemão.