摘要:O artigo tem o propósito de situar a temática terra e poder para a pesquisa sobre o Oeste paranaense na história recente, em particular para o processo de ocupação e colonização dirigida ocorrida após meados do século 20, que resultou na inserção socioeconômica da região à economia e ao Estado nacional. Neste sentido, a abordagem sobre a questão da terra merece a atenção haja vista a diversidade sócio-cultural da sociedade, bem como pela transformação histórica produzida acerca da condição e relação existente entre sociedadeterra e entre os homens na sociedade. Terra de trabalho e/ou terra de negócio representam modos de viver e relações sociais muito distintas, da mesma forma que a posse e a propriedade jurídica da terra dizem respeito a mudanças e rupturas significativas na formação social. O processo de apropriação e de expropriação das terras (seja dos povos indígenas, do Estado ou de posseiros) no Oeste foi vivenciado, no máximo, por duas gerações anteriores e em vários lugares envolveu a ação de governadores, órgãos do Estado, companhias colonizadores e particulares, seja por meios coercitivos privados ou do Estado. Numa análise da historiografia que trata desta problemática, percebe-se que alguns autores tratam do assunto reduzindo-o a um passado sem lei, cortando seus vínculos com a oligarquia ruralista e com as novas formas de luta pela terra conquistada nas últimas décadas, envolvendo os sem terra.