摘要:O presente artigo trata da figuração da Morte, e seu aspecto relacional com a Cidade, e da Memória, com sua relação direta com a Vida, na obra poética de Manoel de Barros, mais especificamente no poema em prosa “A voz de meu pai” (Poesias - 1956). A escolha se justifica, porque o livro apresenta significativas figurações e simbologias da Memória, que passeia pela morte do ser diante de elementos que se utilizam da transmutação, da cidade e outros artifícios literários. Parte-se da percepção de que o jogo contraditório vida x morte , sempre em proveito da primeira, permeia a sociedade, desde a Idade Média até os dias atuais. O objetivo é perceber a ideia da Cidade como figuração da Morte na obra de Manoel de Barros, confrontando com a perspectiva da Memória como presentificação da Vida. Um aspecto importante da poética manoelina é a transição entre os “estados” do ser humano e da natureza, do seu passado com o seu presente. A morte, a infância, a memória e a natureza em oposição à cidade se apresentam de maneira instável no discurso manoelino. A profusão de tais temáticas expõe um ciclo que ora se apresenta como vida, ora como morte. Palavras-chave : Manoel de Barros. Espaço Urbano. Morte ABSTRACT This paper is about the figuration of Death and its relationship with the City, and the figuration of Memory and its direct relation with the Life, in the poetic work of Manoel de Barros, specifically in the poem in prose “A voz de meu pai” (Poesias – 1956). This work has been chosen because it presents significant figurations and symbologies of Memory, that passes through the death of been facing the elements that use transmutation, city and others literary artifices. The starting point is the perception that the contradictions between life and death, always to advantage of life, permeate the society since Middle Ages. The objective was to understand the idea of the City as a figuration of Death in works of Manoel de Barros, facing the prospect of Memory as present ification of Life. An important part of Manoel’s poetics is a transition between the human and nature phases, between your past and your present. The death, the childhood, the memory and the nature in opposition to the city are unstable in Manoel’s discourse. The profusion of specified themes provides a cycle that presents either as life or as death. Keyword : Manoel de Barros. Urban Space. Death.