期刊名称:Bakhtiniana. Revista de Estudos do Discurso. ISSN 2176-4573
印刷版ISSN:2176-4573
出版年度:2020
卷号:15
期号:2
页码:8-32
DOI:10.1590/2176-457341607
出版社:Bakhtiniana. Revista de Estudos do Discurso ISSN 2176-4573
摘要:Procuramos, neste trabalho, demonstrar o caráter material do sentido do nome da língua indígena Apurinã a partir dos traços do seu espaço de memória. Para a consecução deste gesto, observamos os pressupostos da Análise do Discurso francesa quanto à produção dos sentidos das palavras com valor lexical. Assumimos a noção de pré-construído para caracterizar esse valor diante da historicidade da palavra apurinã . O corpus constitui-se por textos que versam sobre a sociedade Apurinã que vão desde o século XIX até o século XX. Procedemos a uma leitura de formulações onde houvesse termos que se referissem a esta sociedade e sua língua. Dessuperficializamos em níveis sintáticos as formulações contendo tais referências para a consequente dessintagmatização do nome em questão no nível do sintagma nominal. Concluímos que o nome desta língua possui um funcionamento pré-construído enquanto forma nominalizada, que joga metonimicamente com a necessidade de construção discursiva do referente pelo colonizador.
其他摘要:In this paper we try to demonstrate the material character of the meaning of the name of the Apurinã indigenous language from the traces of its memory space. In order to achieve this gesture, we have observed the premises of Discourse Analysis regarding the production of the meanings of words with lexical value. We have adopted the notion of preconstructed to characterize this value in light of the historicity of the word apurinã . Our corpus is comprised of texts about the Apurinã society from the nineteenth to the twentieth century. We have carried out a reading of formulations in which there were terms referring to this society and its language. We de-surfaced the formulations containing these references on syntactic levels for the consequent syntactic parsing of the noun in question at the level of the noun phrase. We have concluded that the name of this language is functionally preconstructed as a nominalized form that plays metonymically with the need for a discursive construction of the referent by the colonizer.