摘要:Durante os governos de Cardoso II, Lula e Dilma, a política externa brasileira teve como eixo de atuação destacado a construção de uma integração regional que privilegiava a América do Sul em detrimento de uma integração entre toda a América Latina. Em um esforço de institucionalizar o projeto regional, o Brasil organizou, em 2000, a I Cúpula Sul-Americana, que evoluiu nos anos seguintes, também sob seu empenho, para o nascimento e a operacionalização da UNASUL. Uma das implicações claras desse projeto era a marginalização do México em relação à América do Sul. O artigo procura expor como a política externa brasileira lidou com esse país latino-americano desde 2000 até 2012, ano que viu o lançamento da Aliança do Pacífico contrariar aquela marginalização ao colocar o México em uma aliança com outros países sul-americanos. Verificou-se, no plano bilateral, um discurso diplomático que enfatizava a divisão da América Latina em duas partes e, no plano multilateral, negações de apoio a candidatos mexicanos para cargos de direção em importantes organismos internacionais. Nos dois cenários, foi marcante o uso de mecanismos institucionais para delimitar as disputas de inserção internacional entre os dois países.
其他摘要:During the governments of Cardoso II, Lula and Dilma, Brazil's foreign policy focused on building a regional integration that favored South America to the detriment of an integration of all Latin America. In an effort to institutionalize the regional project, Brazil organized in 2000 the First South American Summit, which evolved in the following years, also under its commitment, for the birth and operationalization of UNASUR. One of the clear implications of this project was the marginalization of Mexico in relation to South America. The article seeks to show how Brazilian foreign policy has dealt with this Latin American country from 2000 to 2012, a year that saw the launch of the Pacific Alliance oppose that marginalization by putting Mexico in an alliance with other South American countries. At the bilateral level, there was a diplomatic discourse that emphasized the division of Latin America into two parts and, at the multilateral level, denials of support for Mexican candidates for leadership positions in important international organizations. In both scenarios, it was remarkable the use of institutional mechanisms to delimit the disputes of international insertion between the two countries.