摘要:O artigo de Watson e Rayner (1920), conhecido como o caso do "Pequeno Albert", é considerado um clássico na história da psicologia. Em tese, seria uma das primeiras e mais vigorosas demonstrações de como o medo poderia ser aprendido através de condicionamento pavloviano. Dele, teriam sido derivadas algumas técnicas de contracondicionamento utilizadas até hoje de modo eficaz no enfrentamento de fobias. Contudo, é possível identificar um descompasso entre o modo como tal pesquisa é apresentada na literatura (uma referência de rigor experimental e criatividade interpretativa) e o próprio artigo examinado no original (rico em problemas metodológicos e inconsistências teóricas). O objetivo do presente ensaio é apresentar e avaliar criticamente o referido artigo clássico, identificando suas virtudes e limitações. São discutidos alguns problemas de procedimento e de interpretação como: o uso de punição positiva, além do programado pareamento entre estímulos, e a ausência de dados consistentes, atestando a aquisição de medo generalizado. As falhas metodológicas também se confirmaram nas tentativas malsucedidas de replicar o experimento nas décadas de 1920 e 1930. Discutem-se a possível origem dos problemas, os equívocos potenciados e cristalizados pela literatura secundária e as contribuições reais do estudo.
其他摘要:Watson and Rayner's 1920 experiment known as "Little Albert" is considered a classic in the history of psychology. It is frequently cited as the first and strongest demonstration of how fear can be learned by Pavlovian conditioning. Some counter-conditioning techniques derived from this experiment are used until now in phobias treatment. However, it is possible to identify differences in way this research is presented in literature (a reference of experimental rigour and creative interpretation) and the original article (with many methodological problems and theoretical inconsistencies). The objective of this paper is to present and to make a critical analysis of the cited article, identifying its qualities and limitations. Some problems of procedure and interpretation are discussed, for example: use of positive punishment, in addition to the programmed stimuli pairing, and the lack of consistent data about the acquisition of generalized fear. Methodological fails are also confirmed in unsuccessful replications of the experiment made during 1920s and 1930s. Moreover, this paper discusses the possible origin of the problems, the mistakes solidify by secondary literature and the real contributions of this study.