摘要:Mediante análise de Topographia Hibernica, primeira descrição topográfica da Irlanda, empreendida pelo cronista medieval Giraldus Cambrensis, este ensaio investiga como o discurso colonial inglês procurou legitimar a colonização do território por meio da monstrificação dos habitantes nativos.Ao atribuir aos irlandeses, sob o signo da abjeção, toda sorte de anomalias de gênero com base nos repertórios de representação disponibilizados pela teratologia medieval, Cambrensis caracteriza a Irlanda como um celeiro de sexualidades monstruosas e, desse modo, procura naturalizar a colonização como um necessário processo civilizador.