摘要:O presente artigo se propõe a analisar a questão da intolerância pelo viés da censura, a partir da polêmica sobre uma peça publicitária do Banco do Brasil (BB) que teve sua exibição oficial impedida após avaliação negativa do presidente Jair Bolsonaro. Em nossas análises, a peça é retomada como condição de legibilidade e inteligibilidade dos discursos de resistência que circularam nas redes sociais dialogando com o veto da campanha do banco, e que são, também, nosso objeto de análise. Partindo da perspectiva teórico-metodológica da Análise do Discurso pecheuxtiana, observamos que o espaço virtual tem funcionado tanto como condição de produção do discurso intolerante, quanto como condição de produção de formas alternativas de resistência a esse discurso. As análises nos apontam para um funcionamento discursivo que coloca em jogo, de um lado, a intolerância pela censura e, de outro, as formas de resistência pela ironia.