摘要:O presente artigo aborda a importância da memória e da identidade na construção narrativa da obra histórico-fictícia “No tempo das tangerinas”, da autora catarinense Urda Alice Klueger.Na trajetória dessa obra, a força desterritorializadora do Estado-nação constrói afiliações e identificações, conduzindo à assimilação obrigatória da cultura brasileira.Perscrutar-se-á os aspectos memoriais descritos na diegese, como também serão analisados os processos de identificação induzidos pelo contexto guerrilheiro imposto no Brasil.Para tanto, esquadrinhar-se-ão teorias bibliográficas que investigam a temática no universo cultural, assim como o romance “Verde Vale”, de Klueger, procurando verificar o assujeitamento[1] do indivíduo enquanto ser social.Dessa forma, este estudo pretende deslindar a construção diegética da literatura catarinense através da memória cultural diaspórica.[1] Termo derivado do francês “assujettissement”, usado por Foucault ao apresentar a condição do indivíduo sujeito a algo ou a alguém.