出版社：Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais
摘要：Um dos aspectos importantes da crítica da cartografia geo-histórica é que ela seguiu um curso de limpeza étnica.A cartografia é um “discurso de poder”, cujo silêncio em relação às populações minoritárias ou dominadas são recorrentes.Os mapas utilizados nas escolas, principalmente nas áreas rurais, não retratam os povos tradicionais: indígenas, ribeirinhos, caiçaras, quilombolas, pescadores, pequenos agricultores rurais etc.Uma abordagem menos eurocêntrica da cartografia histórica é discutida pós-1945, mas não consegue chegar até às populações locais.Os povos se deslocam, erguem cidades, mas não são visibilizados cartograficamente nelas.É oportuno apontar estas invisibilidades dos povos tradicionais, a exemplo dos quilombolas da Tabacaria e dos índios Xucurus-Kariris, ambos localizados na cidade de Palmeira dos Índios-Alagoas.A negação da cartografia dos povos indígenas e quilombolas nas cidades onde coexistem é a negação da própria história da cidade.Urge que se produza e divulgue uma cartografia social dos conflitos pela terra, das territorialidades indígenas e quilombolas que emergem cotidianamente, das lutas dos diferentes povos em todo território alagoano.Compreende-se que, para retirar os povos tradicionais dessa invisibilidade jurídica, cartográfica e política, é necessário que os pesquisadores estejam atentos, apostem numa outra cartografia: a cartografia social, onde as populações locais sejam visibilizadas, localizadas e discutidas dentro do planejamento da cidade, nos conteúdos curriculares, na vida da cidade, construindo uma geografia que os tire da condição de “esquecimento” no qual foram encarcerados pelos geo-historiadores da escrita estamental.
其他摘要：One of the critical aspects of the geo-historical cartography’s criticism is that it has followed a course of ethnic clean-up. The cartography is a “discourse of power”, where the silence concerning the minorities or oppressed populations is recurrent. The maps used in the schools, especially in rural areas, do not depict the traditional people: indigenous, Ribeirinhos, Caiçaras, maroons, fishers, small farmers, and so on. A less Eurocentric approach of the historical cartography was discussed after 1945, but it could not reach the local population. The people move, build up cities, but they are not cartographically visualized in them. It is well-timed to point out these invisibilities from the traditional people, for instance, the maroons from Tabacaria and the indigenous people Xucurus-Kariris in the city of Palmeira dos Índios in the federal state of Alagoas. The negation of the cartography from the indigenous people and the maroons in the cities where they co-exist is the negation of the history of the city. It is necessary to produce and to spread social cartography about the territorial conflicts, about the indigenous and maroons’ territorial matters which come up daily, about the fight from different people in all the territory on the federal state of Alagoas. We understand that is necessary that researchers are aware of this issue to finish this legal, cartographical, and political invisibility of the traditional people and they invest their efforts in another cartography: a social cartography, where the local population is visible, localized and discussed inside the city planning, in the curricular content, in the life of the city, building geography which remove the “oblivion” condition given by geo-historians of the three estates’ writing.
关键词：Currículo; Povos Tradicionais; Cartografia Social; Cidade; Geografia dos Vencidos.
其他关键词：Curriculum; Traditional People; Social Cartography; City; The Geography of the
Defeated.
