摘要:No Brasil, nas últimas décadas, a universalização do acesso à escola pública insere estudantes de famílias pobres na educação formal. Neste artigo, recorte de uma pesquisa mais ampla, analisamos as relações entre as representações sociais das famílias de estudantes de escola pública construídas por professoras e suas práticas. A Teoria das Representações Sociais, originada por Serge Moscovici, foi o referencial teórico de base para o estudo. Participaram 15 professoras dos anos iniciais do Ensino Fundamental da Rede Municipal de Ensino do Recife-PE. Na pesquisa, de natureza qualitativa, utilizamos a entrevista semiestruturada como procedimento de coleta. Para análise dos dados, usamos a Técnica de Análise de Conteúdo Categorial Temática. As professoras reconhecem a importância da parceria família-escola. Entretanto, ao evidenciarem experiências práticas, algumas docentes indicaram que evitam um relacionamento mais estreito com as famílias. Os resultados mostraram que as representações sociais das professoras abrigam possibilidades que levam até às práticas de exclusão das famílias dos estudantes. As análises evidenciaram que é impossível compreender as relações entre as representações sociais e as práticas das professoras sem discutir as relações entre as culturas de “quem representa” (as professoras) e “o que é representado” (as famílias dos estudantes). Ressaltamos a contribuição da pesquisa para as práticas pedagógicas, as políticas educacionais e as práticas formadoras, pois reconhecemos que toda intervenção social deve considerar as representações sociais dos sujeitos.