出版社:Universidade Estadual do Centro-Oeste do Paraná, UNICENTRO
摘要:Distúrbios de seca ou alterações no fluxo em ambientes lóticos podem desestruturar as comunidades provocando espaços “vagos” e redirecionando as espécies na competição por espaço e recursos.O objetivo do presente trabalho foi investigar a dinâmica da comunidade de macroalgas, antes e após um evento de drenagem de um canal artificial.As amostragens foram realizadas em três segmentos ao longo do canal e em três etapas: 1) antes da drenagem (AD); 2) primeira amostragem depois da drenagem (DD1), realizada 54 dias após o reestabelecimento do fluxo no canal e; 3) segunda amostragem, após a drenagem (DD2), realizada após seis meses ter o canal seu fluxo contínuo normalizado.As macroalgas foram amostradas por meio de técnica da transeção e estimativa visual da abundância.No total, foram identificados 15 táxons, distribuídos entre as divisões Chlorophyta, Cyanophyta, Rhodophyta e Ochrophyta.Somente quatro táxons ocorreram nas três amostragens, demonstrando uma grande substituição de espécies.A partir da Análise de Correspondência (CA), foi possível evidenciar uma clara separação entre os pontos amostrados, antes e depois da drenagem, demostrando que a comunidade em AD, que se encontrava em longo período de estabilização, apresentou-se mais semelhante entre os diferentes segmentos.Neste caso, o canal como, um ambiente com condições ambientais mais estáveis, conduziu a uma maior homogeneidade da comunidade, enquanto o evento de drenagem propiciou a substituição de espécies.Após a drenagem, houve redução dos valores totais de riqueza e aumento no número de táxons de Cyanophyta.Espécies desse grupo possuem bainha mucilaginosa, atributo importante nos primeiros estágios de sucessão de ambientes lóticos.Na terceira amostragem, a divisão Chlorophyta voltou a ser mais abundante, com a ocorrência de espécies filamentosas com células maiores e sistema de ramificação, sugerindo estágios mais avançados da sucessão.
关键词:canal artificial; distúrbio de seca; sucessão; biodiversidade; Rio Paraná