摘要:Este artigo aborda a atuação de Mario Cravo Neto no processo tanto de transposição das fronteiras que insistiam em separar o documentário fotográfico das artes visuais no Brasil quanto de questionamento dos padrões historicamente instituídos sobre a chamada “fotografia documental”.Para isso, analisa o seu livro Laróyè, no qual Cravo Neto, a partir de fotografias de pessoas, animais, cores, objetos e situações registradas nas ruas de Salvador, Bahia, sugere a presença do orixá Exu.Ao ampliar as possibilidades de produção e uso do documento fotográfico a partir de estratégias técnicas, estéticas e conceituais que mais se aproximam daquelas adotadas em projetos de caráter artístico, rompe não com a documentação em si, mas com os seus modelos tradicionais baseados na ideia de fotografia como reprodução fiel da realidade.