摘要:A literatura se constitui a partir de rituais que instauram uma memória na língua: memória na sintaxe, nas repetições; memória que dá forma e formato ao texto e que se inscreve ainda nas suas bordas (título, epígrafes, notas, e, entre outras, glossários). Ritual este que inscreve o dentro e o fora do texto; e que fura. Com o poema “Glossário de transnominações em que não se explicam algumas delas (nenhumas) ou menos”, de Manoel de Barros estamos diante de uma quebra do ritual glossário. Os diferentes chãos deste artigo dizem da análise: das retomadas teóricas, a partir do que problematizamos a escrita literária, como ritual discursivo de dizer, indo aos chãos que conduziram, de modo especial, refletir sobre a língua, ancoradas em Foucault (1996); Pêcheux (1990) e Auroux (1998).