摘要:O presente artigo mostra os resultados de um experimento cujo objetivo é avaliar a
configuração da alternância entre os pronomes possessivos de 3.ª (terceira) pessoa do
português brasileiro, representados pelas formas simples seu e a forma de-possessiva
dele (além de suas flexões de gênero e número). O propósito é verificar, tendo como
aparato teórico as premissas da Sociolinguística (WEINREICH, LABOV E HERZOG,
1968; LABOV, 1994) e as diferentes hipóteses da literatura temática (CERQUEIRA,
1993; PERINI, 1995; MÜLLER, 1997), se a alternância é um caso de substituição ou
especialização de formas. A hipótese que norteia o trabalho é a de que a escolha entre
os dois pronomes (seu/dele) é determinada pelos traços semânticos do referente possuidor,
uma vez que fatores como a natureza (específica ou genérica) e a animacidade
(humano ou inanimado) se mostraram relevantes na escolha entre os dois pronomes em
demais trabalhos sobre o tema (SILVA, 1984; MÜLLER, 1996; GUEDES, 2015). Por
meio de um teste de julgamento de aceitabilidade, pautado na abordagem experimental
(DERWING E ALMEIDA, 2005; TRAXLER, 2012), foram avaliados o comportamento
dos falantes diante de sentenças com seu e dele e sua relação com os traços de natureza
e animacidade do referente possuidor.