摘要:Esse artigo discorre sobre apropriação do espaço a partir de um conto do livro “Marcovaldo ou as estações na cidade”, de Italo Calvino. Mediante uma postura de escavação dos sentidos, acompanhamos Marcovaldo e sua principal demanda: encontrar a “natureza pura” no interior da cidade industrial. Discutimos essa demanda ao perscrutar os sentidos: da necessidade de Marcovaldo de escapar do espaço de desconforto, do seu desejo pelo espaço da tranquilidade, de suas estratégias (frustradas) de tornar um banco da praça em cama. Essas desventuras de Marcovaldo denotam a experiência de ser-no-mundo e como a apropriação está presente nela, levando-nos a refletir sobre como a apropriação do espaço participa da ontologia humana.