摘要:A arquitetura da paisagem se insere na tarefa integrada de uso, preservação, recuperação e reinvenção dos cenários urbanos a partir da história de uma cidade e de seus potenciais ambientais. Então pode-se construir lugares, preservar outro e assim recuperar as tradições locais. Com isso a cidade vive não só sua origem, mas também seu futuro. A paisagística deve atuar de acordo com as mudanças sociais, modificando os cenários urbanos sem alterar as suas raízes, as riquezas naturais e culturais que já existem. Praças públicas são alguns desses espaços. As características ambientais do lugar é que direcionam o desenho, o caráter e o tipo de intervenção paisagística. Os usuários e os órgãos gestores da cidade são essenciais para o projeto, sua execução, gestão e conseqüentemente na permanência da sua vida contemporânea. Um projeto de praça pública tem como objetivo o encontro da coletividade, a organização e a construção da paisagem do lugar. É o que esse trabalho vai apresentar, exemplificando os conceitos da paisagística através do projeto da praça João Alves, no bairro de Venda Nova, em Belo Horizonte – executado em 2001 – e que criou uma nova história para aquele bairro, suas pessoas e para a cidade. De um espaço subutilizado, de modo privado e indevido como depósito de ferro-velho, ponto ilegal de carroceiros (que por estar entre duas grandes artérias viárias poderia integrar dois bairros adjacentes) foi transformado num lugar adequado para o recreio e o encontro coletivo. Assim, cumpriu sua função urbana de polarização, e passou a ser utilizado por grande número de pessoas como uma praça de fato. O novo cenário paisagístico mudou a história do lugar que um dia foi um depósito de lixo. Entretanto tudo não passou de uma breve história. A gestão regional desconsiderou a dinâmica urbana da praça que foi liberada à fruição pública. Atualmente a praça está sendo destruída e sua paisagem reinventada pela população.