摘要:O presente trabalho pretende pensar a realidade cotidiana como uma dimensão em multiplicidade que se abre ao diverso e à diferença. Para desenvolver esta questão, são problematizadas duas concepções sobre a realidade: uma que defende que esta pode ser compreendida como uma unidade totalizável em sua imobilidade, e outra que considera por realidade uma dinâmica em movimento sempre em vias de novas transformações. Na proposta de seguir esses dois modelos de realidade, este trabalho se utiliza, como um cordão de Ariadne, da ação de acompanhar alguns usos que foram feitos, nos últimos dois milênios, da imagem do Diabo. Desdobrando esses diferentes usos no conversar com as teorias de Platão, Hegel, Nietzsche, Deleuze e Guattari, este trabalho defende que as realidades cotidianas são forjadas em encontros incertos a agenciarem misturas que, devindo em multiplicidade, não se filiam a um projeto universal.