摘要:Esse artigo trata da centralidade do trabalho na determinação da mobilidade territorial dos trabalhadores. Para tanto, se utiliza das contribuições teóricas de autores marxistas acerca da relação metabólica homem/natureza no processo de humanização e as metamorfoses dessa relação com o trabalho produtivo para fins de valorização do capital. O conceito de “mobilidade do trabalho” foi fundamentado em Gaudemar (1977) que oferece uma densa análise sobre as vinculações dos deslocamentos territoriais com a ampliação da produtividade e lucratividade. A mobilidade do trabalho nesses termos ocorre pari passu com a mobilidade do capital e, nesse sentido, é controlada e dominada pelos mediadores do capital. Essa discussão teórica vem entrelaçada com as análises do papel da educação na formação do trabalhador para o trabalho produtivo e da realidade da mobilidade do trabalho no Brasil e, mais especificamente, com a mobilidade dos trabalhadores no Sudoeste baiano e no Planalto conquistense. Esse esforço permitiu entrever as implicações “invisíveis” da mobilidade territorial do trabalho no sentido campo - cidade em Vitória da Conquista, marcadas nas histórias de vida de mulheres e homens migrantes.