摘要:Este trabalho tem como objetivo investigar o ser e o fazer-se professora no Piauí no século XX. Mediante a história de vida da normalista Nevinha Santos (1910 a 1999) que escreveu suas memórias em caderno de anotações e as publicou no Jornal Meio Norte, Teresina (PI), foi definido o recorte cronológico e a estrutura deste artigo, que se constitui em três fases, a primeira, de 1922 a 1928; a segunda, de 1929 a 1957; a terceira, de 1957 a 1999. A análise desses períodos possibilitou a compreensão de que, no primeiro momento, ser professor tinha significado associado a missão, vocação e sacerdócio. No segundo momento, o professor era concebido como representante da disciplina, civismo e amor à pátria, tornando-se disseminador das ideias do Estado novo. Na terceira fase, a proletarização da profissão impulsionou a formação dos sindicatos e a luta pela profissionalização, que pudesse garantir um estatuto respeitoso, melhores rendimentos e autonomia profissional. As fontes da pesquisa concentrou-se nas memórias da professora Nevinha Santos, discursos e mensagens governamentais presentes na Casa Anísio Brito, e tem como referencial teórico de análise a Nova História, ancorados em conceitos e referências de Saviani (2007), Carvalho (2007) e Queiroz (2008).