出版社:Brazilian Association of Sleep and Latin American Federation of Sleep Societies
摘要:Fundamento A apneia obstrutiva do sono (AOS) pode ser comum e contribuir para o risco de doenças cardiovasculares entre os diabéticos. No entanto, a limitação ao exame da polissonografia pode dificultar o diagnóstico da doença. Objetivo Avaliar os preditores clínicos da AOS entre diabéticos. Métodos Foram avaliados pacientes diabéticos tipo 2 (glicemia4 126 mg/dL e hemoglobina glicada4 6,5%), com idade entre 30 a 65 anos, sem evidência clínica de doença cardiovascular, provenientes de ambulatório de diabetologia. Os participantes passaram por avaliação clínica e foram submetidos à polissonografia domiciliar portátil, realizada com aparelho ApneaLink. Utilizou-se regressão logística para avaliação dos seguintes preditores: sexo, circ. cervical (441 cm e 443 cm para mulher e homem, respectivamente), circ. cintura (488 cm e 4102 cm para mulher e homem, respectivamente), idade 450 anos, positividade dos questionários de Berlin e Epworth (Z10 pontos), diagnóstico de hipertensão arterial (HAS), tabagismo, atividade física, índice de massa corpórea (IMC)430 kg/m2 . Resultados Foram estudados 201 pacientes (masc 35%; id: 5677 anos; IMC 3076 kg/m2 ). AOS (índice de apneia-hipopneia45 e/h) foi encontrada em 134 (66,7%) pacientes, distribuídos em 79 (39,3%) no grau leve; 41 (20,4%) com grau moderado, e 14 (7,0%) no grau grave. Na análise multivariada, circ. cervical (OR: 8,82; 95% IC: 3,15–24,70; po0,001), sexo masculino (OR: 4,49; 95% IC: 2,05–9,85; po0,001), HAS (OR: 3,74; 95% IC: 1,17–11,94; p¼0,03) e IMC (OR: 2,70; 95% IC 1,25–5,80; p¼0,01) associaram-se à AOS. Conclusões A circ. cervical, sexo masculino, HAS e IMC foram os preditores clínicos associados com a AOS entre os pacientes diabéticos tipo 2 na amostra estudada. Os questionários de Berlin e Epworth apresentaram baixo desempenho nessa população.